quarta-feira, 28 de julho de 2010

Uma sopa de ideias!

Olá, amigos!
Cá estou...
Viram a mistura maluca que tenho feito por aqui?
São pedaços de pensamentos, algumas leituras, inquietações e momentos de reflexão. Às vezes releio alguns trechos e vejo que se complementam; outros, porém, contradizem um comentário anterior. Ah, tem também alguns passatempos perdidos no meio do caminho pois ninguém é de ferro, né?
Talvez seja exatamente essa a sensação que me retrata melhor: contradições, não por não ter um objetivo definido, mas por enxergar-me dentro de um sistema que torna natural coisas que não são naturais...
Constatações seguidas de reflexão, a inevitável vontade de mostrar o que vi, a castração, o "engolir sapos", o retorno à rotina, sem, contudo, retornar aonde eu realmente estava.
Sabe aquela história de que não podemos tomar banho no mesmo rio duas vezes iguais? (hum... será que é isso? enfim, é algo desse tipo...). Involuntário. Irreversível. Quando passamos a enxergar as coisas sob nova perspectiva não é possível colocar as antigas lentes. Os óculos não servem mais. A boiada foi solta. As águas já tomaram seu rumo por debaixo da ponte. O ciclo começou. O impulso criou. A vida mexeu.
Contudo, existe angústia nessa "visão", pois não se sabe qual é o lugar em que devemos estar.
Saramago, em seu "Ensaio sobre a cegueira", rebate: "a vantagem de que gozavam estes cegos era o que se poderia chamar a ilusão da luz. Na verdade, tanto lhes fazia que fosse de dia ou de noite, crepúsculo da manhã ou crepúsculo da tarde, silente madrugada ou rumurosa hora meridiana, os cegos estavam sendo rodeados duma resplandecente brancura, como o sol dentro do nevoeiro. Para estes, a cegueira não era viver banalmente rodeado de trevas, mas no interior de uma glória luminosa".
É melhor enxergar e se angustiar ou permanecer um cego iludido?
A pergunta faz sentido? Ou não nos são oferecidas opções?
Visão e cegueira são estados de consciência que podem ser modificados "a luz do conhecimento, da percepção, da sensibilidade, do compartilhar das dores e misérias humanas".
Eleições à vista. Deus nos proteja e conserve nossos olhos da consciência BEM abertos.
Boa noite!

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Cacá!
Estava empolgada ontem, hein?! Vários posts... mas vou comentar só um!
"É melhor enxergar e se angustiar ou permanecer um cego iludido? A pergunta faz sentido? Ou não nos são oferecidas opções?" Em minha humilde opinião hehehe, a pergunta faz sentindo sim. As vezes não nos permitimos enxergar as opções e mantemos sempre o mesmo caminho... E enxergar não é necessariamente se angustiar. Um morango é um bom exemplo. Nem é tão gostoso, chega até ser meio azedinho, mas sua beleza o torna bem melhor do que de fato é. A angustia vem, não do fato de enxergar, mas daquilo que fazemos com a informação que nos é dado com o enxergar... Com relação ao "permanecer iludido"... Sei lá! Vou parar por aqui antes que me enrole rsrs!
Beijão!