quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Felicidade realista - Mário Quintana


"A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote

louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser
magérrimos, sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema:
queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor.. não basta termos alguém com quem podemos
conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar
pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente
apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes
inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos
sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o
que dá ver tanta televisão.

Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.

Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você
pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um
parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando
se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção.
Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo.
Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se
sentir seguro, mas não aprisionado.
E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda,
buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e
um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato,
amar sem almejar o eterno.

Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza,
instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde
só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas
desta tal competitividade.

Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as
regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo.

Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça de que a
felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir
embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não
sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração.
Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade..."

A gratidão



Esse sentimento nobre que enche de graça e alegria a vida da gente... é gratuito e faz um bem enorme, tanto para quem sente quanto para quem recebe.
Gratidão, pra mim, é quando o meu coração encontra o seu e eles "conversam" sobre algo que nos fez felizes juntos.
Eu agradeço a todas as pessoas que passaram pela minha vida e me proporcionaram aprendizado, especialmente em 2009...

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A minha retrospectiva 2009


2009 termina com um misto de sensações.
Felizmente, o sentimento de gratidão a Deus por ter abençoado a mim, à minha família e aos meus queridos é o maior e melhor de todos.
Este ano pude passar por experiências que me ajudaram a crescer como pessoa, a amadurecer sentimentos, a desenvolver mais tolerância e paciência, a confiar e a entregar a minha vida nas mãos de Deus.
Foi neste ano que pude experimentar avanços no meu trabalho, conheci novos amigos e a trilhar um caminho de realização profissional.
Foi, também, neste ano... quase no final... que encontrei uma pessoa especial, muito importante para mim. Espero que sejamos muito felizes juntos.
Em 2009 senti medo de perder as pessoas que amo e... sinceramente... acho que este medo ainda não passou.
Afinal de contas, somos pequenos... não temos controle sobre a vida... temos que deixar as coisas fluirem. De qualquer forma, foi mais um momento em que pudemos sentir a força da família e como esta base é fundamental para a nossa vida.
Em momentos de dor e de amor nos unimos. Isso é bom.
Vamos tirar lições dos momentos difíceis. Vamos aproveitar muito a alegria dos encontros, do amor, da possibilidade de entrega, de compartilharmos qualquer coisa: do material às idéias, do concreto ao abstrato e subjetivo.
Foi neste ano que me conscientizei ainda mais de que é bom sonhar, mas sem tirar os pés do chão. Acho que me tornei um pouco mais realista sobre os fatos.
Por tudo isso... agradeço pelo ano de 2009.
Espero, sinceramente, poder ser uma pessoa melhor em 2010, para mim e para as pessoas à minha volta: meus pais, irmãos, meu amor, meus amigos, meus alunos, meus colegas de trabalho...
Espero ser ainda mais tolerante, paciente e confiante na beleza dos próximos 365 dias.
Que Deus esteja conosco... e que venham muitos sorrisos, crianças alegres brincando no jardim, trabalho e realização profissional, escolhas acertadas, apoio ofertado e recebido nos momentos de necessidade, alívio por problemas resolvidos e força para enfrentar tudo o que virá... regado a amor e amizade.
Amor pela vida... afinal, vamos viver a vida em toda a sua plenitude enquanto aqui estamos!
Beijos a todos e uma passagem de ano de muita alegria, paz e serenidade!
FELIZ 2010!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

"Muito bom" nem sempre é "ótimo"

"Você está comendo algo delicioso e pensa que, se continuar comendo, vai ter mais e mais prazer. Então, tudo dá errado. Você se sente empanturrado, tem má digestão e o almoço se transforma no começo de uma tarde infernal. Você toma um drinque perfeito que um amigo preparou. Pede outro, mais outro e, no final, termina a noite com náuseas e dor de cabeça. No dia seguinte, de ressaca, se pergunta por que aquilo que era puro prazer se transformou em algo tão desagradável.

Essa é a questão: a maior parte dos problemas das pessoas ocorre porque elas exageram na quantidade do que gostam. Se preocupam muito com o que querem e não com aquilo que as faz feliz... Exageram e não entendem como algo maravilhoso as levou ao inferno! Tudo na vida é questão de qualidade, e não exatamente de quantidade.

Temos de pensar mais no que queremos do que em quanto queremos. Ter poder é ótimo, mas o problema começa quando se quer ter poder demais. Ter dinheiro é ótimo, mas a escravidão começa quando se quer dinheiro demais. Ter trabalho é ótimo, mas as limitações acontecem quando só se consegue ter prazer com o trabalho. Ter uma única razão para viver também acaba criando vidas limitadas... Pensar somente em um objetivo é obsessão.

Pode ser o caminho mais curto para realizar um desejo, mas certamente é uma maneira pobre de viver. Para que nossa vida seja plena, é preciso haver espaço para a diversidade".

Roberto Shinyashiki, no livro "A revolução dos campeões"

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Então é Natal...





Tenho conversado com muita gente que faz o mesmo comentário: esse ano passou muito rápido!
Pois é...
Ritmo acelerado e rotinas que nos deixam no mesmismo, repetindo aquele discurso de falta de tempo, cansaço, correria, etc. O fenômeno da percepção do tempo é relativo à qualidade do nosso tempo, ou seja, todos nós temos 24 horas no dia, mas o que estamos fazendo com elas? Como estamos vivendo?
Às vezes passamos por momentos de angústias, seja por problemas de saúde, financeiros, profissionais, afetivos... que nos fazem rever atitudes e a noção de qualidade de tempo.
E o "clima" de Natal? Por que tanta gente não se sente ainda neste clima? A mídia coloca o Natal como momento mágico... contudo, é mais um dia que nos faz lembrar de coisas importantes através de um exemplo incrível como o de Jesus. Ainda que você seja um ateu, não pode negar os feitos desse homem. Se você tem alguma crença cristã, certamente sabe que Ele nos trouxe direcionamento, força e luz.
Então, ainda dá tempo de "entrarmos no clima" no sentido de absorver os ensinamentos de Jesus Cristo para qualquer tempo, qualquer situação.

Nos bons momentos, devemos louvar a Deus.
Nos momentos difíceis, agradecer e pedir e Deus.
Também podemos lembrar de que nada é eterno - tristeza e alegria são essenciais para a nossa vida.
Ao nos sentirmos eufóricos, que tenhamos sabedoria de saber "colocar o pé no chão", mas não a ponto de nos enterrarmos... Sejamos, simplesmente, mais realistas.
"Pés no chão, cabeça nas estrelas, amor não apenas no coração, mas como atitude e mãos dadas com nossos irmãos.

Que nosso Natal e Ano Novo nos inspirem a acreditar na vida e a ser, verdadeiramente, humanos!

FELIZ NATAL A TODOS OS AMIGOS E VISITANTES DO BLOG!

sábado, 12 de dezembro de 2009

A essência da área de Recursos Humanos e da Liderança

Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso surpreende muita gente.
Figuras sem um Vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial técnico, sem muito networking ou marketing pessoal. Figuras como o
Raul. Eu conheço o Raul desde os tempos da faculdade.
Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio.
Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho. Ele escolhia o tema,
pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho - com tinta nanquim. Já o Raul, nem dava palpite. Ficava ali
num canto, dizendo que seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena. Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul já estava providenciando,
antes que o Pena concluísse a frase. Deu no que deu. O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou meio na carona do Pena - que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas.
No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de 'paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino'.
E o Raul ali, na terceira fila, só aplaudindo.
Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional.
Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos.
E quem era o chefe do Pena?
O Raul.
E como é que o Raul tinha conseguido chegar àquela posição?
Ninguém na empresa sabia explicar direito. O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia
discordar de tal afirmação. Além disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava.
Alguém tinha um problema?
Era só falar com o Raul que o Raul dava um jeito.
Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa.
Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite.
Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta.
E eu perguntei ao Raul qual era a função dele.
Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta.
O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer.
Foi quando, num evento em São Paulo , eu conheci o Vice-presidente de recursos humanos da empresa do Raul.
E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de valor inestimável:... ele entendia de gente.
Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem
mais produtivos.
E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima:

'Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo'.

Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar as relações entre as pessoas.
Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert, e todo pintor comum, um gênio. Essa era a principal competência dele.

' Há grandes Homens que fazem com que todos se sintam pequenos.
Mas, o verdadeiro Grande Homem é aquele que faz com que todos se
sintam Grandes.'

Texto - Max Gehringer

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Fórmula do sucesso? Nizan Guanaes

Discurso de Nizan Guanaes quando convidado para paraninfo da turma de formandos de Administração de Empresas na Bahia



"Dizem que conselho só se da à quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, estou tentado a acreditar que tenho sua licença para dar alguns. Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos à quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos.


Meu primeiro conselho:
Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo o coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro vira como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha. Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma.
A propósito disso, lembro-me de uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira italiana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse:
-Irmã, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo.
E ela responde:
-Eu também não, meu filho!

Não estou dizendo isso como nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar em realizar, tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho:
Pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos e a melhor maneira de pensar em si. Afinal e difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassu.

Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia:
Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudicéia:
seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito.
É preferível o erro a omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio.
Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso.

Colabore com seu biógrafo: Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido. Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra.

Não sente-se e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: Eu não disse? Eu já sabia!
Toda família tem um tio batalhador e bem de vida. Que, durante o almoço de domingo, tem que aguentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que faria, se fosse alguma coisa.
Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar.
Pessoas que fazem coisas fantásticas toda Sexta à noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não querem trabalhar.

Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 18, de 18 às 8 e mais se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que e a morada do demônio, e constrói prodígios.

O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas dos japoneses que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos, a segunda maior megapotência do planeta. Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho, onde quem não trabalha reclama e, quem trabalha, reclama ainda mais por ter que trabalhar.

Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você esta perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que e mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho te leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão.
E isso se chama sucesso."

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Empatia


O abraço que dá suporte, o olhar de compreensão, o toque de carinho, a palavra de amor, o gesto de apoio... empatia é quando eu consigo me sentir mais vivo na presença do outro. Ele me mostra que se esforça para me entender, ou seja, me faz sentir importante, digno, respeitado.

Geralmente conhecemos a força desse "fenômeno", por assim dizer, quando nos encontramos em situações extremas - problemas de saúde, perdas, mudanças que abalam nossas estruturas.

Deus está sempre presente e usa os lábios das pessoas para nos dizer o que precisamos. Empatia, pra mim, é ter um gesto de amor ao próximo.