quinta-feira, 29 de abril de 2010

Um caminho se faz passo a passo...



Por mais óbvia que pareça essa frase, muitos de nós se angustia.
Um caminho - seja ele pessoal, profissional ou até mesmo espiritual - se constrói passo a passo, lentamente.
Querer "queimar etapas" nunca deu certo!
Embora a gente aprenda a fazer "do limão uma limonada", ninguém quer ser mãe (ou pai) antes do tempo planejado, conquistar uma posição legal no emprego e perdê-la por imaturidade, tomar uma decisão importante e perceber que foi precipitada.
Da mesma forma, sabemos que os imprevistos virão e que, com eles, aprenderemos muito, ainda que no momento em que eles chegam a gente se descabele e perca a noção da vida. Tudo passa.
Um caminho é construído com o tempo, dedicação, persistência, disciplina, fé. Se temos objetivo, tudo vai ficando claro e tomando um rumo.
Como ouvi essa semana, a melhor técnica é "TBDC" - tirar a bunda da cadeira. Mexer-se. Ir em busca do seu objetivo. Fazer acontecer, buscar a realização, o resultado de seu empenho. Ele virá. Talvez não seja da forma como idealizamos - em datas, situações e contextos sonhados em velhos clichês - mas quando vier, estaremos mais fortes, mais conscientes, mais livres ou, na melhor das hipóteses, menos presos ao comodismo e às velhas limitações.
Seguir o chamado... batalhar... e aguardar com fé e paciência.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Palavras de Clarice Lispector


Viver em sociedade é um desafio porque às vezes ficamos presos a determinadas normas que nos obrigam a seguir regras limitadoras do nosso ser ou do nosso não-ser...
Quero dizer com isso que nós temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhece; e a subjetiva... Em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que se perguntarmos - Quem somos? Não saberemos dizer ao certo!!!
Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser... Aqui reside o eterno conflito da aparência x essência. E você... O que pensa disso?


Que desafio, hein?
"... Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la..." (Perto do Coração Selvagem - p.55)

domingo, 18 de abril de 2010

Friedrich Nietzsche


"Você vive hoje uma vida que gostaria de viver por toda a eternidade?"

sábado, 17 de abril de 2010

Detalhes...


... e os detalhes, pequenos e delicados como um pelinho branco na barba, o olhar lindo e cristalino, um sorriso maroto, o abraço quentinho, a covinha incrivelmente charmosa, a palavra que brota do coração numa sexta-feira, assim, tão comum... mas por isso mesmo, tão especial... são esses detalhes que fazem a vida valer a pena!

"O amor é quando a gente mora um no outro" (Quintana).

Aintoine de Saint-Exupéry


"Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção".

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Conflito de interesses: escola X mercado de trabalho


O que estamos fazendo com os nossos jovens? Confira este artigo e comente o que você acha. Espaço dedicado a professores, alunos, ex-alunos que se tornaram professores e que trabalham em empresas!



"Você já deve ter ouvido a seguinte expressão: "A teoria é uma coisa, a prática é outra" - geralmente, com o intuito de dizer que a escola e a empresa são seres oriundos de planetas muito distintos.

Brincadeiras à parte, realmente ainda nos dias de hoje é perceptível esse conflito existencial entre escola e empresa, e quando me refiro à escola estou considerando todos os níveis: ensino fundamental, médio, superior, mestrado e assim por diante.

O leitor pode, e com razão, questionar: qual a relação do sistema educacional que alfabetiza no caso o ensino fundamental, por exemplo, com o mercado de trabalho? Não seria mais apropriado falarmos apenas do ensino superior que conceitualmente seria a porta para o mercado de trabalho? Vou procurar justificar-me no decorrer desse artigo.

Ao longo de todo o processo de formação educacional somos estimulados a desenvolver com maior ênfase o raciocínio lógico-matemático. Dentro das salas de aulas professores e alunos são engolidos por um sistema doente, onde a arte do questionamento, o estimulo ao desenvolvimento da criatividade e a imaginação dos alunos não são explorados na sua totalidade. No entanto, futuramente esses alunos serão cobrados pelas organizações pela capacidade de exploração da criatividade que nem sempre é tão "lógica" assim.

Isso acontece, pois por mais que os professores tenham capacidade, formação e vontade em explorar o potencial intelectual dos alunos, mas o sistema educacional não permite.

Vamos exemplificar o raciocínio: quantos alunos que ousaram ser criativos em provas, questionando métodos e debatendo ideias de grandes autores? Mereciam uma nota dez, mas levariam um zero. Não me refiro àquelas famosas "embromation" que estressam o intelecto de qualquer pessoa, mas aquelas respostas conscientes em conceitos e articuladas com formação de opinião própria e construção de ideias. Quantos possíveis pensadores não foram calados nas salas de aulas e bloquearam para sempre a capacidade de expressar opinião e construir um raciocínio?

Esses jovens, que ousaram explorar a criatividade nas salas de aulas são vistos pelo sistema educacional como "desacatos" ao conteúdo proposto pela base escolar. Já no mercado de trabalho são vistos como futuros talentos, futuros líderes.

O sistema educacional deveria prezar pela formação de futuros pensadores, mas infelizmente não é isso que acontece, pois as escolas geralmente se preocupam na aplicabilidade de conteúdos ao invés de estimular a criatividade e a imaginação dos alunos e de expor eles a situações de desafios.

Os professores que deveriam ser considerados e respeitados como uma das funções mais nobres existentes, não têm o devido valor, nem pelos alunos e nem pelo próprio sistema educacional. Eles é que contribuem para a construção do indivíduo na sociedade.

As escolas supervalorizam o sistema de provas como se fosse o melhor método para medir o nível de absorção do conhecimento, um erro grotesco. Einstein, o gênio da física moderna não era considerado um gênio em sala de aula e ironicamente tornou-se um ícone mundial, sendo um modelo e uma referência até os dias de hoje nas salas de aulas.

O que garante que um aluno nota dez será um profissional brilhante no cenário do trabalho? Não sou contra o sistema de provas, muito pelo contrário. Acredito que elas têm uma grande relevância para a formação do indivíduo, mas acreditar que seja a única maneira e mais eficaz de assegurar que o conhecimento seja transmitido aos jovens por completo é um tanto imaturo nos dias atuais.

As escolas poderiam rever sua grade curricular desde as bases iniciais no ensino fundamental e médio e, então, consequentemente nas universidades. Deveriam prezar pelo debate de ideias, pela troca de informações, pela criação de ambientes saudáveis de desconforto - cenários que possibilitem o uso da criatividade, orientar os jovens a lidarem com o excesso de informações existentes no mundo moderno transformando-as em conhecimento e não insistir em métodos que não serão lembrados pelo indivíduo ao longo de sua jornada.

Por outro lado as organizações buscam cada vez mais profissionais altamente competentes e com flexibilidade intelectual para serem lógicos e ilógicos ao mesmo tempo. Profissionais que sejam criativos e pensem diferente, que consigam criar ambientes saudáveis de desconforto estimulando o novo, com boas relações humanas e agora que tenham comprometimento com a sustentabilidade.

Tudo isso contradiz a base de formação educacional do sujeito, pois na escola ele não teve tamanho nível de exigência para corresponder a tudo isso e o resultado é essa desproporcionalidade que percebemos nos processos de seletivos empresariais e até mesmo em palestras universitárias - o desinteresse e a desinformação dos alunos em relação ao mundo do trabalho.

As empresas, por sua vez, deveriam aproximar-se mais das redes de ensino público e particular, não através de programas superficiais de responsabilidade social, mas com o objetivo de formar junto com o sistema educacional o ser humano do futuro. As empresas é que possuem condições de orientar as escolas sobre as exigências e as mudanças no cenário do trabalho, pois é para lá que todos irão independentes de suas escolhas. Elas podem contribuir muito na formação dos jovens, orientando a escolha da carreira, preparando esse jovem para o mundo competitivo dos negócios, sendo que um dia poderão ser seus empregados.

Infelizmente, não vejo essa aproximação no sentido de alinhamento de interesses na formação do ser humano entre escola e empresa. Com isso o desequilíbrio entre teoria e prática sempre terá sentido enquanto o empresário não quebrar esse distanciamento existente, deixar de encarar como um problema governamental e perceber que se trata de um problema educacional no qual ele mesmo é afetado.

Contudo, como um jovem sonhador que sou e como um pensador em processo de formação eu acredito que esse distanciamento entre escola e empresa diminuirá ou por percepção de que é um problema de todos ou por necessidade de cada vez mais nos depararmos com a desqualificação profissional que a meu ver começa na primeira série do ensino fundamental".

(Danilo Fernando Olegário - www.rh.com.br)

sábado, 3 de abril de 2010

35 anos para ser feliz - Martha Medeiros


Uma notinha instigante na Zero Hora de 30/09: foi realizado em Madri o Primeiro Congresso Internacional da Felicidade, e a conclusão dos congressistas foi que a felicidade só é alcançada depois dos 35 anos. Quem participou desse encontro? Psicólogos, sociólogos, artistas de circo? Não sei. Mas gostei do resultado.

A maioria das pessoas, quando são questionadas sobre o assunto, dizem: "Não existe felicidade, existem apenas momentos felizes". É o que eu pensava quando habitava a caverna dos 17 anos, para onde não voltaria nem puxada pelos cabelos. Era angústia, solidão, impasses e incertezas pra tudo quanto era lado, minimizados por um garden party de vez em quando, um campeonato de tênis, um feriadão em Garopaba. Os tais momentos felizes.

Adolescente é buzinado dia e noite: tem que estudar para o vestibular, aprender inglês, usar camisinha, dizer não às drogas, não beber quando dirigir, dar satisfação aos pais, ler livros que não quer e administrar dezenas de paixões fulminantes e rompimentos. Não tem grana para ter o próprio canto, costuma deprimir-se de segunda a sexta e só se diverte aos sábados, em locais onde sempre tem fila. É o apocalipse. Felicidade, onde está você? Aqui, na casa dos 30 e sua vizinhança.

Está certo que surgem umas ruguinhas, umas mechas brancas e a barriga salienta-se, mas é um preço justo para o que se ganha em troca. Pense bem: depois dos 30, você paga do próprio bolso o que come e o que veste. Vira-se no inglês, no francês, no italiano e no iídiche, e ai de quem rir do seu sotaque. Não tenta mais o suicídio quando um amor não dá certo, enjoou do cheiro da maconha, apaixonou-se por literatura, trocou sua mochila por uma Samsonite e não precisa da autorização de ninguém para assistir ao canal da Playboy. Talvez não tenha se tornado o bam-bam-bam que sonhou um dia, mas reconhece o rosto que vê no espelho, sabe de quem se trata e simpatiza com o cara.

Depois que cumprimos as missões impostas no berço — ter uma profissão, casar e procriar — passamos a ser livres, a escrever nossa própria história, a valorizar nossas qualidades e ter um certo carinho por nossos defeitos. Somos os titulares de nossas decisões. A juventude faz bem para a pele, mas nunca salvou ninguém de ser careta. A maturidade, sim, permite uma certa loucura. Depois dos 35, conforme descobriram os participantes daquele congresso curioso, estamos mais aptos a dizer que infelicidade não existe, o que existe são momentos infelizes. Sai bem mais em conta.

Outubro de 1998

Inferno astral?


Dizem que antes de nosso aniversário passamos pelo inferno astral, momentos de mudanças, escolhas, batalhas. Talvez pela óbvia razão de que fazemos um balanço sobre as coisas, pensamos na vida, no ano que está terminando, nas escolhas e nas novas possibilidades que se aproximam com mais um ano de vida. Se pensar, refletir e rever as nossas atitudes é considerado um "inferno", talvez a gente viva isso mesmo. Por outro lado, sempre temos a possibilidade de fazer as coisas de forma diferente. Mais um ano de vida, saúde, alegria, aprendizado, lutas e amadurecimento, afinal, estamos aqui pra isso, não é, não?!