segunda-feira, 31 de agosto de 2009

W. Reich

"Fui acusado de ser um utópico, de querer eliminar o desprazer do mundo e defender apenas o prazer. Contudo, tenho declarado claramente que a educação tradicional torna as pessoas incapazes para o prazer encouraçando-as contra o desprazer. Prazer e alegria de viver são inconcebíveis sem luta, experiências dolorosas e embates desagradáveis consigo mesmo. A saúde psíquica não se caracteriza pela teoria do nirvana dos iogues e dos budistas, nem pela hedonismo dos epicuristas, nem pela renúncia monástica; caracteriza-se, isso sim, pela alternância entre a luta desprazerosa e a felicidade, o erro e a verdade, o desvio e a correção da rota, a raiva racional e o amor racional; em suma, estar plenamente vivo em todas as situações da vida. A capacidade de suportar o desprazer e a dor sem se tornar amargurado e sem se refugiar na rigidez, anda de mãos dadas com a capacidade de aceitar a felicidade e dar amor."
Wilhelm Reich (1942) em "Function Of The Orgasm - Vol 1 Of The Discovery Of The Orgone", Ed. Farrar, Straus and Giroux, 1989

Sábios conselhos...

ESCRITO POR REGINA BRETT, 90 ANOS, CLEAVELAND, OHIO.

"Para celebrar o envelhecer, uma vez eu escrevi 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais requisitada que eu já escrevi. Meu taxímetro chegou aos 90 em agosto, então, aqui está a coluna, mais uma vez:

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
3. A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.
5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.
6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar.
7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele agüenta.
9. Poupe para a aposentadoria, começando com seu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.
11. Sele a paz com seu passado, para que ele não estrague seu presente.
12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que se trata a jornada deles.
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15 Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
17. Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeroso.
18. O que não te mata, realmente te torna mais forte.
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e mais ninguém.
20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite "não" como resposta.
21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Se prepare bastante; depois, se deixe levar pela maré...
23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você.
26. Encare cada "chamado" desastre com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todos.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31. Indepedentemente de a situação ser boa ou ruim, irá mudar.
32. Não se leve tão a sério. Ninguém mais leva...
33. Acredite em milagres.
34. Deus te ama por causa de quem Ele é, não pelo que vc fez ou deixou de fazer.
35. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela agora.
36. Envelhecer é melhor do que morrer jovem.
37. Seus filhos só têm uma infância.
38. Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.
39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor está por vir.
43. Não importa como vc se sinta, levante, se vista e apareça.
44. Produza.
45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente "

sábado, 29 de agosto de 2009

Gestos, olhares e movimentos que "falam" mais do que tantas palavras...




Criamos tantas palavras mas muitas vezes nos esquecemos do poder dos gestos.
Queremos passar impressões, mas não conseguimos esconder a linguagem do corpo.
Nossos olhares, gestos e movimentos "falam" tanto que, se ficarmos atentos, aprendemos a entender sentimentos, intenções e emoções... começando por nós... e entendendo as pessoas...


Não precisaríamos pedir, pois estaríamos na mesma sintonia...

"E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
(...)
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate
Dentro de ti"

(Skank)

Pois,

Nosso silêncio fala tão alto que muitas vezes não conseguimos ouvir o que o outro fala.

Nossos gestos mostram o que o coração sente.

Alegria, amor, incômodo, surpresa, dúvida, medo, interesse... tudo está, realmente, "estampado na cara", como diz a Claudinha Leite em sua música Doce Desejo.

"Tá no jeito de olhar
Tá no gosto do beijo
Na expressão do sorriso
Tá no meu paraíso
Tá no doce desejo

Tá no cheiro da flor
Estampado na cara
Tá na força do amor
Na beleza da cor
Tá pulsando e não pára"


Comunicar é fazer-se entendido. Não deveríamos nos preocupar tanto com a resposta que recebemos, mas em enviar a mensagem certa, congruente com o que estamos sentindo.

Os homens dizem que as mulheres mandam mensagens confusas, que dizem "não" querendo dizer "sim"; as mulheres, por sua vez, queixam-se de que os homens não entendem um "olhar" expressivo.

"Mas eu te olhei... achei que tivesse entendido que não estava gostando!"

E assim segue o mundo dos desencontros!

Até a linguagem "internética", de "fria" não tem nada... usa símbolos, "GRITOS" e espetáculos de cores, na tentativa de demontrar um pouco de emoção para os outros...

Quanto mais nos distanciamos de nosso coração, daquilo que realmente sentimos, quanto mais racionalizamos as coisas, mais nos perdemos de nós mesmos e, inevitavelmente, perdemos o contato com os outros.

Estar em sintonia é, em primeiro lugar, assumir o que sinto, ser verdadeiro comigo mesmo e, assim, ter esperança de que esta espontaneidade seja entendida pelo outro.

O outro não é obrigado a concordar comigo ou a fazer o que eu quero!

Mas na comunicação, entendimento é a palavra-chave. Ou pelo menos, deveria ser.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Treinamento da emoção


Os professores são poetas da vida. A esperança do mundo está sobre os ombros da educação. Entretanto, a mais nobre das profissões tem se tornado uma usina de estresse. Por isso, a educação moderna tem de levar em alta conta o treinamento da emoção.
Gostaria de propor algumas técnicas para enriquecer esse treinamento e fazer com que os professores transmitam o conhecimento com mais prazer, com menos consumo de energia e com mais eficiência. Os princípios dessas técnicas podem ser recursos humanos seguidos por qualquer pessoa que queira educar a sua emoção e a dos outros. Vejamos.

Primeira: Educação participativa

• Os professores devem promover a educação participativa. Os alunos devem ser estimulados de todas as maneiras a deixar de ser espectadores passivos, que se sentam em sua carteira e ouvem inertes a transmissão do conhecimento. Esse tipo de passividade esmaga a criatividade, a liberdade e o espírito empreendedor.

• Os alunos têm de participar, de perguntar, de duvidar, de questionar, de propor ideias. Eles têm de participar da vida da escola, propor mudanças, atuar em campanhas de prevenção do uso de drogas e de Aids. Somente participando da vida da escola, eles se comprometerão com ela.

• Como é possível transformar os alunos em agentes que atuam na educação? Em primeiro lugar, eles não deveriam ser enfileirados na sala de aula, mas se sentar em forma de ferradura, ou “u”. Todos devem estar voltados uns para os outros e para o professor. O enfileiramento dos alunos parece inofensivo, mas é pernicioso e lesivo, pois cria hierarquia, produz distrações, fomenta a inércia do pensamento, obstrui a emoção. A educação clássica tem sido uma fábrica de pessoas passivas.

• É um risco ouvir excessivamente e falar muito pouco. Como eles têm a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA) e sentem a necessidade de expressar o pensamento, canalizarão sua energia para conversas paralelas. Já que muitos alunos são inquietos, tensos, ansiosos, temos de canalizar essa ansiedade para a produtividade, para a participação. Caso contrário, a sala de aula será sempre um barril de tensão, um ambiente desagradável, chato, tedioso para eles.





• Aluno excelente não é aquele que tira notas excepcionais, mas aquele que aprende a pensar e que educa sua emoção para respeitar seus pares, para ser solidário, para emitir opiniões, para refletir sobre as ideias recebidas.

• Os pais e professores devem estimular os jovens a participarem, a falarem o que pensam e sentem. A cultura da escola cultiva a timidez, mesmo alunos ansiosos podem ser tímidos. Quem é tímido pensa muito e fala pouco, vive reprimido. Na vida adulta, eles se tornam ótimos para os outros e péssimos para si mesmos. Costumam ser gentis e tolerantes com as pessoas, mas são exigentes e rígidos consigo mesmos.

• Os alunos só podem se comprometer com a escola se ela propiciar uma educação participativa que estimula o treinamento da emoção. Os professores têm de usar sua criatividade para fazer isso. Podem ser usadas as lições para estimular o trabalho em equipe que comentei anteriormente.

• Sem a educação da emoção e a educação participativa, não há como desenvolver as inteligências múltiplas, a inteligência emocional nem a inteligência multifocal. Ouviremos milhares de conferências sem colocarmos nada em prática. Todas as informações se dissiparão na segunda-feira.

Segunda: Exposição dialogada

• Em segundo lugar, a educação da emoção passa pela técnica da exposição dialogada. Os professores devem ser seguros, olhar nos olhos dos alunos e ser capazes de provocar a capacidade de pensar estimulando a arte da pergunta. A arte de perguntar gera a arte da dúvida, e a arte da dúvida estimula a arte de pensar. Quem pergunta pouco duvida pouco, pensa pouco e represa muito sua emoção.

• Se hoje você tem dificuldade de falar dos seus sentimentos e falta coragem de perguntar e questionar as pessoas que o rodeiam, é porque no passado você não teve liberdade de extravasar suas dúvidas e seus conflitos aos seus professores e aos seus pais. A criatividade e a liberdade são cultivadas no solo da pergunta.

• Os pais e professores deveriam estimular seus filhos e alunos a serem perguntadores. Lembre-se de que na infância fomos ótimos perguntadores, mas o tempo passou, a sociedade nos sufocou e fomos silenciados.

• Muitos têm medo de falar em público, outros suam frio ao levantar as mãos para fazer uma pergunta numa reunião. Foram treinados desde crianças para ficar quietos, e não para perguntar e participar. Nada é tão pernicioso quanto a cultura das provas. Os alunos aprendem a dar respostas nas provas, mas não aprendem a dar respostas na vida.

• Conheci muitos jovens que sofreram abuso sexual na infância e nunca tiveram coragem de falar para seus pais ou professores. Viveram o topo da angústia, mas, infelizmente, silenciaram. Se os alunos não têm coragem de fazer uma simples pergunta em sala de aula, como vamos esperar que eles falem dos seus conflitos mais importantes? Devemos treinar nossas crianças a falarem e a expressarem suas ideias desde a mais tenra infância.





• Um excelente cientista, executivo ou profissional liberal é alguém que aprendeu a perguntar mais do que a responder, a questionar mais do que a se satisfazer com informações prontas. A arte da pergunta promove a educação da emoção.

• Um bom mestre ensina a seus alunos o conhecimento; um excelente mestre treina a emoção deles para perguntar, duvidar e ter consciência crítica. Na vida e na ciência, o tamanho da pergunta determina a dimensão da resposta. Um bom mestre prepara os alunos para passarem em concursos, um excelente mestre os prepara para serem pensadores na sinuosa escola da vida.

Terceira: Contador de histórias

• Os professores devem ser excelentes contadores de histórias. Devem estimular a emoção dos alunos enquanto transmitem o conhecimento. Platão preconizava que o conhecimento deveria ser transmitido com deleite. Contudo, não há deleite no conhecimento se ele não for oferecido com cores e sabores da emoção.

• Contar histórias é uma excepcional forma de dar sabor ao conhecimento. As informações transmitidas com emoção, aventura ou prazer são registradas de maneira privilegiada na memória pelo fenômeno RAM. Tente se lembrar das informações mais importantes da sua vida. Se tentar, perceberá que resgatará as experiências que foram carregadas de emoções.

• A transmissão do conhecimento com voz multissonante, segura e teatralizada abre espaço na mente dos alunos que estão com o pensamento acelerado. Facilita o registro e o aprendizado. Muitos professores precisam repensar sua postura em sala de aula e seu papel como educador.

• Pais e professores deveriam tirar o gesso da emoção. Educar deveria ser a mais séria brincadeira da sociedade. Se você quer ser um excelente educador em qualquer área profissional, nunca se esqueça de ser um contador de história. Aprenda a ser inventivo, liberte sua imaginação, aprenda a rir de você, aprenda a rir de sua seriedade.

• O mundo precisa tanto da gravata como do palhaço, da seriedade e do sorriso. Aprenderemos que o maior educador desta terra foi o maior contador de história.

Quarta: Reconstruir o rosto do conhecimento

• Todas as vezes que os professores fossem transmitir uma nova matéria, deveriam reconstruir o rosto do conhecimento. O que significa isso? Significa contar a história sintética dos cientistas que produziram o conhecimento transmitido. Significa ainda reconstruir o clima emocional que eles viveram enquanto os produziram, significa relatar a ansiedade, os erros, as dificuldades e as discriminações que sofreram.

• O conhecimento sem rosto não educa a emoção nem estimula a arte de pensar. Por isso, sou crítico dos materiais didáticos que frequentemente observo. Nada prejudica mais o desenvolvimento da inteligência dos alunos do que transmitir o conhecimento pronto, frio, sem rosto, sem história, sem vida. Os alunos não amam o conhecimento porque ele é transmitido sem tempero, sem emoção.

• Os alunos serão sempre reprodutores do conhecimento e não-pensadores se não compreenderem que o conhecimento exposto nas aulas e contido nos livros foi produzido com arte, aventura, paixão.

• Os professores devem ser capazes de levar os alunos para dentro da experiência da produção de conhecimento, devem provocar neles o espírito empreendedor, aventureiro, crítico. Reconstruir o rosto do conhecimento estimula a paixão pelo mundo das ideias, refina a educação da emoção.

Quinta: Elogiar e resgatar a autoestima dos alunos

• Um grande mestre é um grande promotor da autoestima dos alunos, um mestre do elogio. Ele elogia todos os alunos, mesmo aqueles que dão muito trabalho. Não existem alunos problemáticos, existem alunos que estão passando por problemas. Não existem alunos agressivos, existem alunos com conflitos.

• Encoraje a participação ostensiva dos alunos em sala de aula e valorize cada ideia que eles expressarem. Conte histórias para educar a emoção deles a resgatar o sentido da vida como as que estou contando sobre a grande corrida da vida. Diga-lhes que eles venceram o maior concurso da história, foram os mais corajosos do mundo, passaram por todos os riscos para atingir o pódio da vida.

• Um dos maiores segredos da educação da emoção é elogiar criticando. Elogie algumas características de uma pessoa e só depois a critique. O elogio estimula a emoção, que abre as janelas da memória e estimula a reflexão sobre a crítica. Criticar sem valorizar a pessoa que está sendo criticada trava a sua inteligência. A crítica “seca e agressiva” fere a emoção, que fecha as janelas da memória e bloqueia a capacidade de pensar.

• Os alunos precisam ter uma autoestima sólida. Elogie os alunos tímidos. Elogie os alunos obesos, discriminados, hiperativos, difíceis, agressivos. Elogie os alunos que são zombados, diminuídos e os que possuem apelidos pejorativos. Saiba que as mais drásticas discriminações começam nas brincadeiras das escolas.

• Se eu pudesse, iria de escola em escola em várias partes do mundo treinando os professores para compreender que, no espaço escolar, são desencadeados grandes conflitos emocionais. As brincadeiras ingênuas e os apelidos pejorativos produzem grandes discriminações e conflitos.

• Nunca permita que um aluno chame o outro de “baleia”, “elefante” ou coisas desse tipo por ele ser obeso. Nunca deixe de falar que a diferença entre um negro e um branco só existe na fina camada da cor da pele, ambos possuem o mesmo espetáculo da produção de pensamentos. Não se esqueça de que tudo o que está registrado na memória não pode ser mais apagado. Não é possível deletar a memória, apenas re-escrevê-la. Por isso, é muito mais difícil o tratamento psicológico do que a prevenção.

• Os pais precisam elogiar seus filhos muito mais do que criticá-los. Toquem-nos, abracem-nos, apertem suas mãos. O toque mágico. Os professores precisam usar o elogio como uma das maiores ferramentas educacionais. Somos especialistas em apontar defeitos e tardios em fazer elogios. Faça um teste, elogie diariamente e com criatividade as pessoas e os alunos mais agressivos durante dois meses. Você se surpreenderá com o que irá acontecer. Os elogios curam as feridas da alma e aquietam a ansiedade.

• Os jovens estão vivendo uma grande crise existencial. São vítimas de um mundo alucinante, veloz, ansioso, que nós criamos. Eles têm acesso ao mundo de prazer propiciado pela poderosa indústria de entretenimento, mas têm sido tristes, solitários, irritadiços. Se fosse possível comparar as ondas cerebrais dos alunos de há um século com os da atualidade, confirmaríamos a mudança no ritmo cerebral deles. A velocidade de produção dos pensamentos hiperacelerou-se na maioria dos jovens e adultos.

• A SPA, associada à paranoia do consumo, da estética e da competitividade profissional, tem roubado o encanto pela vida. Eles precisam treinar a emoção para abrandar o mundo das ideias e ser mais contemplativos. Desse modo, poderão valorizar as coisas simples e singelas, como o diálogo, a leitura, um passeio ecológico, uma caminhada para dentro do seu ser.

Sexta: Cruzar o mundo dos professores com o dos alunos

• Fico impressionado em detectar três mundos na educação clássica: o mundo dos alunos, o mundo dos professores e o mundo da instituição escolar. Não é possível educar a emoção se os mundos não se difundirem.

• Os professores devem cruzar suas histórias com as dos alunos. Eles não devem ter medo de falar de si, de suas experiências, de suas dificuldades, de suas metas, de seus sonhos, bem como de deixar os alunos falarem sobre suas histórias de vida.

• Seria muito bom se os professores contassem suas experiências reais de vida quando transmitissem temas transversais, tais como educação para a paz, educação para o consumo, educação da emoção, gerenciamento dos pensamentos.





• Lembro-me de uma história infeliz contada por uma coordenadora pedagógica. Após ouvir-me falar em uma palestra sobre a necessidade do diálogo emocional entre os professores e alunos, ela levantou-se e disse muito emocionada a todos os ouvintes que uma aluna a havia procurado recentemente para conversar. Ela era querida pelos alunos, mas naquele dia estava ocupada e pediu para que a conversa fosse adiada para outro dia. Não deu tempo, a jovem tirou sua vida. Ela estava atravessando uma crise depressiva e ninguém sabia, nem seus pais. Quando ela quis se abrir com a professora, ela não teve tempo de ouvi-la. Nunca alguns minutos foram tão preciosos na vida de um ser humano. (Desculpe-me se comento a dor num texto sobre a felicidade, mas não quero propor um jardim sem falar dos espinhos. Os jovens têm muita energia, mas estão muito despreparados para lidar com a dor. Qualquer angústia os perturba muito. Mas não há conflitos que eles ou qualquer pessoa não possam superar. Eles precisam encontrar alguém que tenha tempo para ouvi-los, alguém que não os critique, que os compreenda, que os estimule a superar sua dor.)

• Não há dor que dure muito tempo. O medo da dor coloca combustível na emoção e debela as chamas da autoestima





Sétima: Ensinar técnicas do treinamento da emoção e gerenciamento do pensamento

• Os alunos precisam aprender a gerenciar seus pensamentos e a dar uma direção lúcida às suas emoções. Caso contrário, o medo, as ofensas, as frustrações os derrotarão. Eles nunca deveriam ser escravos de suas ideias fixas de conteúdo negativo. Deveriam treinar ser fortes dentro de si mesmos.

• Deveriam aprender a atuar no mundo dos pensamentos e a romper o cárcere da emoção. Não deveriam fazer de uma pequena rejeição um monstro nem de necessidades não atendidas um canteiro de infidelidade. Assim como diariamente tomam banho e se alimentam, deveriam fazer uma higiene em seu mundo psíquico e alimentá-lo com sonhos e projetos saudáveis.

• Professores, não se preocupem em dar 100% das matérias que lhes foram incumbidas: essa educação está errada e falida. Numa educação participativa, que valoriza o treinamento da emoção, devemos dar mais atenção à qualidade das informações do que à quantidade.

• Ache tempo para falar com seus alunos sobre a vida deles. Muitos conflitos podem ser evitados ou superados com facilidade. Diversas crises entre jovens americanos que saem atirando em seus colegas e outras violências na escola poderiam ser evitadas se professores e alunos aprendessem a linguagem da emoção.

• A educação da emoção não pode florescer se professores e alunos dividirem o mesmo espaço físico e respirarem o mesmo ar, mas não cruzarem suas histórias, não falarem das suas emoções.

• Qualquer escola que seguir esses princípios da educação da emoção poderá sofrer uma revolução. Os professores precisam ser sistematicamente treinados para incorporá-los. A escola que educa a emoção faz fogueira com sementes, e não com madeira seca. O mestre da vida preferia sempre as sementes.

• Do mesmo modo, os pais nunca treinarão a emoção dos seus filhos se eles gastarem horas e horas ouvindo os personagens da TV, mas não tiverem tempo para gastar minutos cruzando seus mundos.

• Um recado aos pais e filhos: desliguem a TV uma vez por semana ou uma semana completa uma vez por mês. Façam coisas prazerosas, divertidas, sonhem juntos, brinquem juntos, elogiem-se mutuamente, treinem ser apaixonados uns pelos outros. O amor é o único remédio que não tem efeito colateral, mas é a flor que mais rapidamente seca sob o calor das tensões.

CURY, Augusto Jorge. Treinando a Emoção para Ser Feliz. São Paulo: Academia de inteligência, 2001.

Não apresse o rio....

... ele corre sozinho.

domingo, 23 de agosto de 2009

Anonimato


Pessoal, encontrei este artigo e achei fantástico. Já defendi que é importante valorizarmos o trabalho individual, pois o ser humano precisa sentir que seu trabalho é diferente da grande "massa"... contudo, estar exposto o tempo todo pode gerar muitos problemas... confira o artigo e deixe o seu comentário.

Abraços!



Assumir os desejos fica mais fácil com o anonimato
Direito de ir e vir ganha força, quando não somos o foco
(Yahoo)


Imagine ser o centro das atenções. Ser ouvido por todos e receber aplausos e elogios por todo o dia. Sugere algo muito agradável, não é mesmo? Agora pense em uma vida em que você não pode expressar seus reais sentimentos e precise representar um papel 24horas por dia. Não parece uma sensação nada agradável, não é?
Foi pensando nesse conflito de sentimentos que alguns artistas plásticos propagam um movimento ao redor do mundo em que passam despercebidos aos olhos do público em fotografias. Com pinturas no corpo, eles se camuflam diante das câmeras e ficam "invisíveis". A ideia é levantar a bola de que ser mais um na multidão é tão legal, ou até melhor, do que ser uma pessoa famosa, que vive no foco dos holofotes.

"Diferente do que as pessoas acreditam, o anonimato sugere uma vida mais tranquila e recheada de benefícios do que quando há o reconhecimento público. Ser o foco das atenções pode ser penoso e complicado para muitas pessoas", explica o psicoterapeuta Chris Allmeida.

De acordo com o especialista, não são apenas os artistas que sofrem com esse problema. "Ser o mais reconhecido no emprego, na turma, no dia a dia, enfim, quando somos o centro das atenções, podemos gerar conflitos de personalidade e até mesmo desenvolver um quadro de depressão, já que entram em conflito aquilo que as pessoas pensam de nós e o nosso autoconhecimento", diz.

Porque queremos ser o centro das atenções?

Claro, todos nós queremos ter o talento reconhecido ou simplesmente ser admirado pelos colegas ou pela família. Mas, quando esse desejo passa dos limites e ser o centro das atenções vira praticamente uma regra, pode significar sinal vermelho. "Pessoas que desejam aparecer o tempo todo, sinalizam problemas sérios de autoestima . Quando não nos sentimos bem conosco, queremos, a todo custo, mostrar os valores que temos, mesmo sem acreditar que eles existam."

Representar um papel

O grande problema de ser a estrela de um ambiente é quando você não está sendo verdadeiro. "Existem pessoas que são reconhecidas pelo jeito sempre espirituoso, por exemplo, mas na realidade, no interior, elas não são tão bem-humoradas assim, então, para não perderem o valor, precisam representar uma coisa que elas não são", explica.

Dessa forma, os problemas aparecem, porque a pessoa percebe que não é reconhecida pelos seus valores reais. "O que adianta gostarem do seu lado engraçado se, na verdade, você não é assim? No fim, você acaba percebendo que não gostam de você, mas do papel que representa", diz.

Imagem social x autoimagem

O psicoterapeuta explica que existem dois tipos de egos: a imagem social e a autoimagem. Mas quando eles entram em conflito, os problemas aparecem. A primeira é o que as pessoas acham de nós, já a segunda é a análise que fazemos de nossos sentimentos e de nossas atitudes. "Viver em conflito com esses sentimentos é uma situação complicada, já que vemos que as pessoas nos admiram e nos atribuem valores que sabemos que são falsos. É como um jogo de mentiras".

Para acabar com esse dilema, o ideal é se empenhar em mostrar quem você realmente é. Assumir quais são os seus reais valores e acabar com a representação é o primeiro passo. "É importante fazer tudo isso sem ter medo de perder o reconhecimento e a admiração", alerta o especialista.

Anônimo e feliz

Mas, será que ser invisível aos olhos das pessoas a sua volta realmente pode ser gratificante? "Uma pessoa que não é o centro das atenções, não precisa focar no comportamento ou na aparência o dia inteiro, por exemplo. O direto de ir e vir, de se comportar do jeito que gosta, de vestir a roupa predileta, enfim, são simples atitudes do dia a dia que podem ser realizadas de uma forma natural, sem se preocupar com a sua imagem e com que as pessoas vão falar. A vida fica mais leve".

Bom domingo!


"Às vezes penso em felicidade, e até penso que sou feliz totalmente. Mas na maioria das vezes, em minha realidade, fico tentando imaginar o que realmente significa esta sensação, o quanto ela dura, e porque tão rápido ela se transforma em outros sentimentos.
Sentimentos que até podem parecer ruins, mas que nada mais são do que projeções de nossos desejos distorcidas, seja por outras pessoas ou por nós mesmos.
Será então que a solução está em abdicar de nossos desejos reais, ou simplesmente de nos adaptarmos a nova realidade imposta pelas pessoas em que supostamente projetamos nossa felicidade?
Adaptação, projeção, seja de uma forma ou de outra, nossa felicidade só dependerá de nossos sonhos, e de nosso real desejo de realizá-los!

Aprendemos que, por pior que seja um problema ou situação,
sempre existe uma saída. Aprendemos que é bobagem fugir das dificuldades.
Mais cedo ou mais tarde,
será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.
Aprendemos que perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.
Aprendemos que é necessário um dia de chuva para darmos valor ao Sol, mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima.
Aprendemos que heróis não são aqueles que realizam obras notáveis, mas os que fizeram o que foi necessário e assumiram as consequências dos seus atos.
Aprendemos que, não importa em quantos pedaços nosso coração está partido, o mundo não pára para que nós o consertemos.
Aprendemos que, ao invés de ficar esperando alguém nos trazer flores, é melhor plantar um jardim.
Aprendemos que amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de nos fazer felizes. Cabe a nós a tarefa de apostar nos nossos talentos e realizar os nossos sonhos.
Aprendemos que o que faz diferença não é o que temos na vida, mas QUEM nós temos. E que boa família são os amigos que escolhemos.
Aprendemos que as pessoas mais queridas podem às vezes nos ferir. E talvez não nos amem tanto quanto nós gostaríamos, o que não significa que não amem muito, talvez seja o máximo que conseguem. Isso é o mais importante.
Aprendemos que toda mudança inicia um ciclo de construção, se você não esquecer de deixar a porta aberta.Aprendemos que o tempo é precioso e não volta atrás. Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro. O nosso futuro ainda está por vir.
Então aprendemos que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos".

(Autor desconhecido)

Encontros, desencontros & sentido



Na história “As cinco pessoas que você encontra no céu”, o personagem principal queixava-se de não ter feito nada de especial com a sua própria vida. Acreditava que ser “especial” era ter grandes feitos... era ter alcançado sucesso e projeção. Enxergava a vida de forma simplista, estreita, olhando para sofrimentos e perdas que tivera e questionando-se sobre seu valor como ser humano.
Quantas vezes nós caímos nesta mesma cilada?
O mundo nos “chama” para grandes feitos... que virem notícia... que chamem a atenção... que dêem ibope. Mas será que nossas ações diárias já não são, propriamente, o valor de nossa vida? Quanto temos que fazer para nos sentirmos melhor com a nossa “alma”? Por que não soltamos essas preocupações e deixamos a vida seguir seu rumo, “sendo” simplesmente?
Todos os dias encontramos pessoas, cruzamos os caminhos de muita gente, recebemos algum tipo de ajuda, doamos nosso tempo, agimos, sentimos, pensamos, influenciamos e somos influenciados. Centenas serão desapercebidas por nós, enquanto uma pequena parcela irá nos marcar. Certamente o inverso é válido. Somos parte da vida de algumas pessoas e, de tantas outras, nossas ações terão contribuído pouco. De qualquer forma, sabemos que esta grande rede da vida é uma história da qual todos nós fazemos parte. Encontros e desencontros têm sua razão de ser. Como nos versos de Milton Nascimento:

“Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai querer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim chegar e partir
São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar”

Viver é estar neste mundo disposto a tirar as melhores lições dos encontros e desencontros, consciente de que se nos permitirmos “sermos” nós mesmos e exercermos nossos talentos, estaremos fazendo a nossa parte na história.

Tocando em frente!



Iniciar um novo ciclo.
É tempo de semear.
E tocar em frente, sempre...

"No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança
No novo tempo, apesar dos castigos
De toda fadiga, de toda injustiça, estamos na briga
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
De todos os pecados, de todos enganos, estamos marcados
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça"

(Novo Tempo - Ivan Lins)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Uma excelente semana a todos!

"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes".

Rubem Alves

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

IGNORÂNCIA

"Ignorância não é: saber pouco, também não é: querer saber pouco.
Ignorância é: acreditar saber o suficiente!"

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Sobre a educação dos adultos


“A experiência, e não a verdade, é o que dá sentido à educação. Educamos para transformar o que sabemos, não para transmitir o que é sabido” (Jorge Larrosa e Walter Kohan)

“ Ninguém educa ninguém, nem ninguém aprende sozinho, nós homens (mulheres) aprendemos através do mundo” (Paulo Freire)

“Não importa que eu tenha uma opinião diferente do outro. Mas que o outro encontre o certo, a partir de si próprio, se eu contribuir um pouco para tal” (Rudolf Steiner)

Aprendendo a caminhar com as próprias pernas


Diversos autores definem MATURIDADE como a capacidade de tomar decisões por si mesmo, aguentando as consequências do que fazemos e do que deixamos de fazer. Em outras palavras, é "caminhar com as próprias pernas".

Como assim?

Muitas vezes caminhamos apoiados nos pés de outras pessoas: pais, irmãos, chefes, professores, amigos, namorado, marido... sem nos darmos conta! Escolhemos o que achamos que o outro escolherá, desde as mais simples atividades (como o filme do cinema, um vestido, um quadro para a parede da sala) até complexas situações (escolha de uma carreira ou de uma religião). Não estou negando a existência das influências em nossas vidas... certamento somos influenciados por muita gente.

Estou falando de assumir as próprias escolhas! Crescer! Embarcar no seu caminho, que pode ser muito diferente dos caminhos das pessoas que você ama. Isso traz muita angústia, confusão, ansiedade... creio que é uma das mais difíceis tarefas de "amadurecer". Contudo, é só através desta tarefa que as demais virão.

Penso que isso só é possível após algumas experiências na vida. Aquela sensação de que o tempo ajuda é realmente verdadeira pra mim!

Como tem sido bom experimentar atividades profissionais variadas, aprender com as pessoas, estudar diversos assuntos, trocar idéias e experiências com profissionais e pessoas em tantos lugares e situações, muitas vezes inusitadas, cômicas, trágicas, além das triviais...

Achava estranho quando ouvia, mas hoje confesso: é totalmente verdadeira a premissa de que nossa vida muda quando encontramos o nosso caminho de "Alma".

O que quero dizer com isso?

Quando encontramos aquilo que nos dá prazer, que faz "brilhar nossos olhos", desperta nosso interesse, nos dá combustível para viver e trabalhar, nos motiva, aí temos a certeza de que estamos vivendo por um propósito.

Descobrir a si mesmo é uma delícia! E como é difícil... como levou tempo pra mim... ainda não é totalmente "tranquilo", não... mas sem dúvida, hoje sou muito mais consciente de minhas escolhas e aprendi a "curtir" mais a viagem do que o destino final!

Sucesso é...



Rir muito e com freqüência;

ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças;

merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos;

apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros;

deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança,

um canteiro de jardim ou uma redimida condição social;

saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu.

Isso é ter tido sucesso!

(Ralph Waldo Emerson)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Quando a vida decepciona, qual é a solução?


... Continue a nadar...
Pra achar a solução!!!!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Continue trabalhando...


Se você é pobre, trabalhe.
Se é rico, trabalhe.
Se está sob peso de responsabilidades
aparentemente injustas, trabalhe.

Se você é feliz, continue a trabalhar.
A preguiça dá lugar a dúvidas e receios.
Se a tristeza o esmaga e as pessoas amadas
não parecem sinceras, trabalhe.
Se tiver decepções, trabalhe.

Se a fé titubeia e a razão falha, trabalhe.
Quando os sonhos estão desfeitos e as
esperanças parecem mortas, trabalhe.
Trabalhe como se sua vida estivesse em perigo.
- O perigo existe mesmo...

Seja qual for teu problema , trabalhe.
Trabalhe fielmente e trabalhe com fé.
O trabalho é o maior remédio material e
espiritual que existe.
O trabalho cura, tanto os sofrimentos mentais
como os físicos.



(William Wallace Rose)

A importância das atitudes no tempo...

Viver é sempre dizer aos outros que elas são importantes. Que nós os amamos, porque um dia eles se vão, e ficamos com a nítida impressão de que não os amamos o suficiente."

(Chico Xavier )

Repetição

"Cada lição será repetida até que seja aprendida. Cada lição será apresentada a você de diversas maneiras, até que a tenha aprendido. Quando isto ocorrer, poderá passar para a seguinte".

(Maine de Biran)

É por isso que eu gosto da comunicação....


Meu lado "jornalista" enrustido vibra quando descobre no mundo alguém que deu vida a desejos e idéias que compartilho... essa frase, então, é célebre e fantástica:

"É prova de alta cultura dizer as coisas mais profundas
do modo mais simples" - Ralph Waldo Emerson

Admiro os profissionais que trabalham com a comunicação, brincando com palavras, transmitindo idéias, conceitos e informações de forma fluída, gostosa, sem rodeios...

Um brinde aos jornalistas, escritores, cronistas, professores, palestrantes e demais profissionais que sabem explorar a comunicação da melhor forma possível. Vocês são incríveis e me espelho em seus exemplos, tentando fazer um "bocadinho" aqui... na parte que me cabe, ao meu redor, no meu trabalho...

Precisamos cada vez mais aprender a nos comunicar melhor, com mais qualidade, com pais, irmãos, filhos, companheiros, colegas de trabalho, clientes...

As boazinhas que me perdoem...


Qual é o elogio que uma mulher adora receber? Bom, se você está
com tempo, pode-se listar aqui uns 700: mulher adora que verbalizem
seus atributos, sejam eles físicos ou morais.

Diga que ela é uma mulher inteligente e ela irá com a sua cara.

Diga que ela tem um ótimo caráter,além do corpo que é uma provocação, e ela decorará o seu número.

Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito,da sua aura de mistério, de como ela tem classe: ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa.

Mas não pense que o jogo está ganho: manter-se no cargo vai depender de sua perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta.

Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe, que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades, que ela é um avião no mundo dos negócios.

Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade, seu bom gosto musical. Agora, quer ver o mundo cair? Diga que ela é muito boazinha.

Descreva aí uma mulher boazinha. Voz fina, roupas pastéis, calçados rentes ao chão. Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana. Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor. Nunca teve um chilique. Nunca colocou os pés num show de rock. É queridinha. Pequeninha. Educadinha. Enfim, uma mulher boazinha.

Fomos boazinhas por séculos. Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas. Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e nenezinhos. A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, crucifixo em cima da cama, tudo certinho. Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa. Quietinhas, mas inquietas.

Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas.

Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes, estrelas, profissionais. Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen. Ser chamada de patricinha é ofensa moral. Pitchulinha é coisa de retardada. Quem gosta de diminutivos, definha.

Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa. Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo. As boazinhas não têm defeitos. Não têm atitude. Conformam-se com a coadjuvância.

Ph neutro. Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos.

Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje. Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos. As inhas não moram mais aqui. Foram pro espaço, sozinhas.


[Martha Medeiros]

domingo, 2 de agosto de 2009

A última deste domingo...


" (...) precisamos urgentemente de um abraço que encosta coração com coração, de um simples deslizar de mãos em nosso rosto, de um encontro de corpos que desejam, sobretudo, fazer o outro se sentir querido, vivo. Tocar o outro é acordar as suas células, é revivescer seus poros, é oferecer um alento, uma esperança, um pouco de humanidade, tão escassa em nossas relações (...)" - Rosana Braga

Não precisa ser para sempre, mas precisa ser até o fim!

MUITO INTERESSANTE...

‘Para sempre’, em minha opinião, é nada mais nada menos que um dia depois do outro. Ou seja, é construção. Em princípio, não existe. Mas basta que façamos a mesma escolha sucessivamente e teremos construído o ‘para sempre’.

O que quero dizer é que o ‘sempre’ não é magia nem tampouco um tempo que pré-exista. Ele é conseqüência. Nada mais que conseqüência de uma sucessão de dias, vividos minuto por minuto.

Quanto ao amor, tem gente que acredita que só é de verdade se durar “até que a morte os separe”. Outras, como o grande Vinícius de Moraes poetizou, apostam no “que seja eterno enquanto dure”.

Eu, neste caso, admiro a coragem de quem vai até o fim, de quem se entrega inteiramente ao que sente, de quem se permite viver aquilo que seu coração pede até que todas as chamas se apaguem. Mais do que isso: até que as brasas esfriem e – depois de todas as tentativas – nada mais possa ser resgatado do fogo que um dia ardeu.

Claro que não estou defendendo a constância indefinida de atitudes desequilibradas, exageros desnecessários ou situações destrutivas. Mas concordo plenamente com o que está escrito no comovente “Quase”, de Sarah Westphal (muitas vezes atribuído a Luiz Fernando Veríssimo):

... “Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar” ...

Porque de corações partidos por causa de um amor vivido pela metade as ruas estão cheias. Assim como de almas que perambulam feito pontos-de-interrogação, a se questionar o que mais poderiam ter feito para que o outro também estivesse presente, para que não fugisse tão furtivamente, tão covardemente, tão sordidamente.

É por isso que insisto: muito mais do que nos preocuparmos com o ‘para sempre’, precisamos começar a investir no ‘até o fim’, para que o ‘agora’ tenha mais significado, para que as intenções, as palavras, as atitudes e todos os recomeços façam parte de uma história mais sólida, menos prostituída, que realmente valha a pena.

Então, questione-se: o coração ainda acelera quando o outro se aproxima? O peito ainda dói de saudade? O desejo ainda grita, perturbando o silêncio da noite? Não chegou ao fim! Não acabou.

Sei que, em alguns casos, motivos de força maior impedem um amor de ser vivido (e daí a separação pode ser sinal de maturidade), mas na maioria das vezes o que afasta dois corações é muito mais intolerância, ilusões ou auto-defesas tolas do que algo que realmente justifique o lamentável desfecho.

O outro não quer? Desistiu? Acovardou-se? Ok! Por mais incoerente que pareça, é um direito dele. Esteja certo de que você fez o que estava ao seu alcance e depois... bem, depois recolha-se e pondere: “pros amores impossíveis, tempo”.

Tempo em que você terminará descobrindo que a vida tem seu jeito misterioso de fazer o amor acontecer, mas que – no final das contas – feliz mesmo é quem, apesar de tudo, tem coragem de ir até o fim!

(Rosana Braga)

NÃO ESPERE A MUDANÇA

"Você pode engajar-se no mundo, melhorando a si próprio e, por consequência, melhorando tudo o que está à sua volta.
Ou esperar que o mundo melhore para que, então, você possa melhorar." (Anônimo)

Qual é a sua opção?

Não podemos esperar as "melhores" condições para fazer as nossas escolhas, porque a vida é o dia de hoje. Mas temos, sim, que ter a convicção pessoal do que estamos escolhendo. Ou seja, escolher por impulso não é legal, mas ficar esperando pelo "momento certo" eternamente não dá...
Acho que o ponto aqui é: preste atenção ao seu coração, às suas intuições e tome uma atitude na direção do que você pretende para a sua vida, seja pessoal, profissional ou até espiritualmente. E aproveite a jornada!!! Pois no final das contas vamos todos pro mesmo lugar quando sairmos deste mundo, não é? Enquanto estamos aqui, vamos VIVER!
Beijos a todos que visitam esta página e tenham uma ótima semana!

sábado, 1 de agosto de 2009

Razão, estação ou pela vida inteira?


"PESSOAS ENTRAM NA SUA VIDA,POR UMA RAZÃO,POR UMA ESTAÇÃO OU POR UMA VIDA INTEIRA.
QUANDO PERCEBER QUAL MOTIVO É,
VOCÊ VAI SABER O QUE FAZER COM CADA PESSOA.

QUANDO ALGUÉM ESTÁ EM SUA VIDA POR UMA RAZÃO...
... É, GERALMENTE, PARA SUPRIR
UMA NECESSIDADE QUE VOCÊ DEMONSTROU.

ELAS VÊM PARA AUXILIAR EM UMA DIFICULDADE,
FORNECER APOIO E ORIENTAÇÃO, AJUDAR FÍSICA,
EMOCIAL OU ESPIRITUALMENTE.

ELAS PODERÃO PARECER DÁDIVA DE DEUS,E SÃO!!!

ELAS ESTÃO LÁ PELA RAZÃO QUE VOCÊ PRECISA
QUE ESTEJAM LÁ.

ENTÃO, SEM NENHUMA ATITUDE ERRADA DE SUA
PARTE OU EM UMA HORA INCONVENIENTE,
ESTA PESSOA VAI DIZER OU FAZER ALGUMA
COISA PARA LEVAR ESSA RELAÇÃO A UM FIM.

ÀS VEZES, ESSAS PESSOAS MORREM.
ÀS VEZES, ELAS SIMPLESMENTE SE VÃO.
ÀS VEZES, ELAS AGEM E TE FORÇAM A
TOMAR UMA POSIÇÃO.

O QUE DEVEMOS ENTENDER É QUE NOSSAS NECESSIDADES
FORAM ATENDIDAS, NOSSOS DESEJOS PREENCHIDOS
E OS TRABALHOS DELAS FEITOS.

AS SUAS ORAÇÕES FORAM ATENDIDAS.
E AGORA, É TEMPO DE IR.

QUANDO PESSOAS ENTRAM EM NOSSAS VIDAS POR UMA ESTAÇÃO...
...É PORQUE CHEGOU SUA VEZ DE DIVIDIR, CRESCER E APRENDER.

ELAS TRAZEM PARA VOCÊ A EXPERIÊNCIA DA PAZ,
OU FAZEM VOCÊ RIR.

ELAS PODERÃO ENSINAR ALGO QUE VOCÊ NUNCA FEZ.

ELAS, GERALMENTE, DÃO UMA QUANTIDADE ENORME DE PRAZER.
ACREDITE!!!
É REAL!!!

MAS, SOMENTE, POR UMA ESTAÇÃO.

RELACIONAMENTOS DE UMA VIDA INTEIRA...
...ENSINAM LIÇÕES PARA A VIDA INTEIRA.
COISAS QUE VOCÊ DEVE CONSTRUIR PARA
TER UMA FORMAÇÃO EMOCIONAL SÓLIDA.

SUA TAREFA É ACEITAR A LIÇÃO, AMAR A
PESSOA E COLOCAR O QUE VOCÊ APRENDEU EM USO,
EM TODOS OS OUTROS RELACIONAMENTOS E ÁREAS DE SUA VIDA.

É DITO QUE O AMOR É CEGO, MAS A AMIZADE É CLARIVIDENTE".

(Autor desconhecido)