sábado, 23 de janeiro de 2010

Recomeçar


Quando o sol bater
Na janela do teu quarto,
Lembra e vê
Que o caminho é um só,

Porque esperar
Se podemos começar
Tudo de novo?
Agora mesmo,

A humanidade é desumana
Mas ainda temos chance,
O sol nasce pra todos,
Só não sabe quem não quer,

Até bem pouco tempo atrás,
Poderíamos mudar o mundo,
Quem roubou nossa coragem?
Tudo é dor,
E toda dor vem do desejo,
De não sentimos dor...

SE O CAMINHO QUE NOS FIZERAM ACREDITAR QUE ERA O ÚNICO E MELHOR PARA A NOSSA FELICIDADE NÃO ENCAIXA... O QUE FAZER?
Estamos sem referencial.
Como Lennon bem lembrou, fizeram a gente acreditar numa vida quadradinha, em que aos 30 anos deveríamos estar casados (e detalhe: temos que acertar de primeira), com emprego estabilizado, sucesso profissional, filhos de preferência, saudáveis, como naqueles anúncios de margarina. Nos fizeram acreditar que quem passa por crises, precisa mudar de rumo, quem joga pro alto uma vida desgastada e vai em busca de sua felicidade é doido.
Essas ideias estão tão impregnadas na gente que mesmo que tentemos usar outro discurso, nosso corpo se manifesta diferente... o que fazer???
O que fazer para superar o mal estar de ir na contramão da maioria das pessoas? Talvez se acreditarmos de coração que existem outras possibilidades de ser feliz, e sustentar essa crença... se a gente se assumir... assumir o "não sei, e daí?"... pode, sim, abrir essa janela em direção a um novo e desconhecido sol...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Sutilmente...


"Quando eu estiver triste
simplesmente me abrace..."

Perfeição


"Essa idéia de perfeição me assusta. Chegamos quase a ter medo de fazer alguma coisa, hoje em dia, por não podermos fazê-la com perfeição."
(Leo Buscaglia)

Você sabe quem é???


"Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto..."

(Renato Russo)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A grama do vizinho - Martha Medeiros




Há um certo há de queixume sem razões muito claras. Converso com pessoas que estão na meia-idade, todas com profissão, família e saúde e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia: "Eu espero/acontecimentos/só que quando anoitece/é festa no outro apartamento”. Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha sido convidada. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são — ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As "festas em outros apartamentos" são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então, fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que os motivos para se refugiar no escuro raramente são divulgados. Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. "Nunca conheci quem tivesse levado porrada - todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo". Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia e olha que na época em que ele escreveu estes versos, não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta.

Nesta era de exaltação de celebridades — reais e inventadas — fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras, fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes, enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé?

Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista. As melhores festas costumam acontecer dentro do nosso próprio apartamento.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A hora da virada


Já postei alguns artigos sobre escolhas, decisões e mudança.
Estou com vontade de falar um pouco sobre a "hora" da virada, pois me parece que existe um momento de "estalo interno", uma voz que nos desperta para a mudança. Esse momento acontece muito rapidamente e também me parece que se o perdemos, um pouco do pique e do entusiasmo se perde com ele.
Tenho ouvido histórias incríveis de pessoas que mudaram suas vidas em momentos onde nada se esperava. Histórias de superações através de limitações físicas, pela idade ou acontecimentos específicos que forçam a revisão de rotas e alteração de rumos pessoais e profissionais.
Penso no aspecto profissional e vejo que não há muito como escapar. Há pessoas que culpam o chefe ou a empresa por sua falta de perspectiva. Há outros que conseguem permanecer fazendo sempre a mesma coisa e vivem bem.
O fato é que tudo depende de suas perspectivas pessoais.
Por isso o auto-conhecimento é fundamental.
Há momentos em que nem a gente se conhece exatamente. Mas é preciso parar e olhar para o espelho de forma sincera e honesta: quem sou eu? O que eu busco? Quais são meus valores de vida? O que faço bem, ou seja, quais são meus verdadeiros talentos, a despeito do meu emprego atual?
Temos que olhar para a nossa vida sem circunscrevê-la a um emprego ou empresa, mas às atividades que nos "alimentam". Dizem por aí, e eu concordo com essa teoria, que sucesso depende, muito, do quanto estamos conectados com o que fazemos. Se colocamos paixão, amor, entusiasmo no trabalho, ele cresce. Isso mesmo, ele se multiplica, daqui ali encontramos novas pessoas, contatos e oportunidades. Mas isso só se faz com trabalho, trabalho, trabalho, como frizou muito bem Nizan Guanaes.
Não existe sucesso sem trabalho (ao menos estamos falando de um mundo mais próximo à nossa realidade, longe da política...).
Mesmo em momentos de dúvidas, devemos trabalhar e nos movimentar buscando sentido no que fazemos. Em algum momento descobriremos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre nosso trabalho e, assim, avançamos mais um pouco.
Antigamente eu acreditava, ingenuamente, em um momento mágico de despertar. Hoje sei que este momento se faz em meio às conturbadas questões do dia-a-dia, mas de qualquer forma, merece respeito e atenção.
Senão corremos o risco de passar a vida no conformismo. Se você não liga pra isso, ok, vá em frente... mas se é como eu, vai ter que aprender a escolher constamente entre o conforto e o risco, procurando o equilíbrio entre razão e emoção.
Boa semana...

Abrindo a porta




"Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto.
Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, levava-os a uma sala, que tinha um grupo de arqueiros em um canto e uma imensa porta de ferro do outro, a qual haviam gravadas figuras de caveiras.
Nesta sala ele os fazia ficar em círculo, e então dizia:
- Vocês podem escolher morrer flechados por meus arqueiros, ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados.
Todos os que por ali passaram, escolhiam serem mortos pelos arqueiros.
Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe:
Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?
- Diga, soldado.
- O que havia por trás da assustadora porta?
- Vá e veja.
O soldado então a abre vagarosamente, e percebe que a medida que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente, até que totalmente aberta, nota que a porta levava a um caminho que sairia rumo a liberdade.
O soldado admirado apenas olha seu rei que diz:
Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta.
Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar?
Quantas vezes perdemos a liberdade, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?".

(Autor desconhecido)

sábado, 16 de janeiro de 2010

Escolhas

Nossa vida se desenrola numa série de encruzilhadas, diante das quais precisamos fazer opções. Aí é que aparece este impulso de autodeterminação pessoal chamado liberdade. Nele pode estar toda a nossa grandeza se acertarmos, ou a nossa miséria, se errarmos.

Seus fracassos e decepções estão todos no passado. Eles nada têm a ver com o que você deseja conquistar a partir de hoje.

Só o homem que chegou ao ponto mais alto da árvore da vida é capaz de decidir...

Você começa cada dia como uma folha em branco. Cada momento é uma oportunidade de começar a transformar seus sonhos em realidade.

O que já passou não importa mais. Sim, o passado trouxe você até aqui. Mas agora, seu caminho se divide em infinitas direções, e você pode escolher qual delas deve seguir.

Aprenda com o passado e deixe-o para trás. Desejar que tivesse sido diferente é perda de tempo e energia.

Continuar convivendo com as limitações do passado é desperdiçar o enorme potencial da sua vida. Seu passado não define quem você é ou o que você pode conquistar. E quem decide isso é você.

"É mais fácil atirar pedras do que se defender delas."

(Autor desconhecido)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Tempo de união



Pois é. Todo ano é a mesma coisa. Sempre acontece alguma catástrofe em algum lugar do planeta para nos mostrar algo.
Ontem houve o terremoto no Haiti.
Povo miserável que mesmo sem tremores de terra tremia de fome, doenças e outros problemas desde sempre.
Ontem a terra tremeu para eles e milhares de pessoas se foram.
Não saberemos porquê isso aconteceu com eles.
Por outro lado, se olharmos com mais racionalidade para a situação e ampliarmos este olhar, entenderemos que sem união de povos a força não virá, seja nesta ou em outras situações.
Sabe lá quando será a nossa vez...
Sem ser catastrófica, quero tentar tirar a lição que tem sido presente na vida dos seres humanos: solidariedade é o nosso único meio de sobrevivência.
Há tantas previsões que não sabemos mais em quem acreditar. Mas é fato que os acontecimentos recentes nos têm mostrado um sinal muito claro sobre a importância de compartilhar, do alimento ao abrigo, das sobras materiais aos sentimentos.
Não sei como é passar por esta situação porque, sinceramente, estou muito longe dessa solidariedade. Não sei o que é isso porque não exerci.
Só sabe o que é isso quem sentiu, passou pela situação e pôde sobreviver com a ajuda dos outros e ajudando também.
Eu admiro a força que é tirada do sofrimento. Mas a minha admiração não muda o mundo, não ajuda as pessoas, não contribue. É apenas um sentimento.
Sei que o sofrimento não deve nem pode ser mensurado, mas sinto vergonha por muitas situações em que optei pelo comodismo, por reclamar da vida, por dar uma dimensão muito grande a um tipo de sofrimento corriqueiro, que todos nós, vez ou outra, sentimos. Sim... sempre que acontece algum tipo de catástrofe, eu e provavelmente milhões de pessoas no mundo inteiro sente vergonha por reclamar.
Hoje pude levantar, ir ao médico, passear, namorar, gastar dinheiro, abraçar meus familiares, reclamar que o dia estava muito quente, dormir à tarde, ver TV, tomar um banho gostoso, usar um shampoo cheiroso, dar e receber beijo na boca (que gostoso), enfim, tive um dia corriqueiro que não dei valor. Aí aparece uma situação dessas que me dá vergonha.
O que estou dizendo é super comum, né? Você também sente ou sentiu isso. O que podemos fazer? Na melhor das hipóteses, doamos alguma coisa lá pro Haiti e continua tudo do mesmo jeito.
Daqui uns dias esquecemos, voltamos a nossa rotininha, reclamamos de algumas coisas, empurramos outras com a barriga e talvez despertemos para algumas mudanças. Mas... será que realmente mudaremos? Ou precisaremos enfrentar catástrofes que nos forcem a depender literalmente dos outros para que possamos ser mais solidários, responsáveis, humanizados? O que precisamos para perceber que AGORA é a hora de mudar o que nos atormenta e valorizarmos a beleza da vida?
É... uma coisa puxa a outra... e volto a pensar que a vida, afinal, é uma sequência de momentos. Hoje estamos assim, vivemos isso ou aquilo, amanhã tudo pode mudar. Temos saúde e amanhã podemos não ter. Temos abrigo, trabalho, família, mas amanhã, podemos perder tudo isso.
Affff... bate na madeira... credo, vira essa boca pra lá... (sou eu tentando "enxotar" pensamentos negativos!), mas é fato. Um dia vamos nos deparar com a necessidade de nos tornarmos mais humildes, nos desapegarmos de muita coisa e das pessoas e, simplesmente, vivermos o momento com dignidade como alguns haitianos tentam fazer.
Que possamos crescer um pouquinho com o que acontece no mundo... que possamos assimilar as lições celestiais... e mudar de atitudes agora. O tempo urge.

Leonardo Boff




"Hoje nos encontramos numa fase nova na humanidade. Todos estamos regressando à Casa Comum, à Terra: os povos, as sociedades, as culturas e as religiões. Todos trocamos experiências e valores. Todos nos enriquecemos e nos completamos mutuamente. (...)

(...) Vamos rir, chorar e aprender. Aprender especialmente como casar Céu e Terra, vale dizer, como combinar o cotidiano com o surpreendente, a imanência opaca dos dias com a transcendência radiosa do espírito, a vida na plena liberdade com a morte simbolizada como um unir-se com os ancestrais, a felicidade discreta nesse mundo com a grande promessa na eternidade. E, ao final, teremos descoberto mil razões para viver mais e melhor, todos juntos, como uma grande família, na mesma Aldeia Comum, generosa e bela, o planeta Terra."

Casamento entre o céu e a terra. Salamandra, Rio de Janeiro, 2001.pg09

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Atitude III




"O significado das coisas não está nas coisas em si, mas sim em nossa atitude com relação a elas." (Antoine de Saint-Exupéry)

Atitude II



"Quanto mais eu vivo, mais eu percebo o impacto da atitude na vida. Ela é mais importante que o passado, que a educação, que o dinheiro, que as circunstâncias, que os fracassos, que os sucessos, e do que as outras pessoas pensam, dizem, ou fazem." (Chuck Swindoll)

Atitude


“A maior descoberta da minha geração é que qualquer ser humano pode mudar de vida, mudando de atitude”. (William James)

William James teve a sua formação aberta a diversas influências. Interessado em várias disciplinas, escreveu sobre todos os aspectos da psicologia humana, do funcionamento cerebral às experiências religiosas. Ensinou psicologia e filosofia na Universidade de Harvard e é considerado o pai do pragmatismo.

http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u380.jhtm

domingo, 10 de janeiro de 2010

Boa semana...

Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.

Clarice Lispector

Palavras de Fernando Sabino

De tudo ficaram três coisas...
A certeza de que estamos começando...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos
antes de terminar...
Façamos da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Chove chuva... pensamentos e devaneios...


A chuva bate na janela... ô barulhinho bom... o pensamento corre solto, sem uma definição. Quantas palavras passam por nossa cabeça num curto espaço de tempo? Um vai-e-vem de ideias... lembranças... desejos!
Como é bom poder desfrutar dos momentos de devaneio quando estamos de "papo pro ar"? O que eu mais cobiçava quando não estava de férias era exatamente isso... poder desfrutar de um momento de "não fazer absolutamente nada" e estar bem, sem compromissos, horários, "tem quê's da vida". Hora pra acordar, levantar, comer, sair, chegar, coisas pra fazer no intervalo de almoço, hora pra reunião, aula, até médico... hora de dormir... e que agonia se não pegamos no sono... hora de descansar, mas... quem consegue descansar com hora marcada? Afff... aí vem mais agonia.
Nãoooooooooooo!
Eu me proponho a dádiva de não fazer nada que eu "tenha que" pelo menos em algum momento a cada semana em 2010.
Como diz minha mãe, tudo o que é demais, cansa. Então vamos aproveitar os momentos de sossego que a vida nos reserva da melhor forma. Fazendo um "nada" que revigora, alegra, reabastece a alma...
E... agora vou deixar de papo e ver um filme... depois eu conto um pouco sobre ele... ou não... quem sabe?
Boa noite!

Relacionamentos - Não é amor (Sandra Maia)


Acordei assim hoje: com uma vontade imensa de falar sobre o que é realmente o amor e, por mais incrível que pareça, decidi começar com o que não é AMAR - até porque quero crer que muitos de nós conhecem melhor o que não é amor - alguns poucos se permitem viver relações para as quais estão prontos.

Não é amar: viver em função do outro, viver em uma confusão de pensamentos e sentimentos que tiram o foco, viver triste, com receio da perda, do abandono, da mentira, aceitar migalhas, viver se rastejando, falar o que não sente, conceder indefinidamente, adiar sonhos, encolher, esconder-se, deixar-se morrer, anular-se.

AMOR É MESMO UM MILAGRE. Embora todos queiramos experimentá-lo, buscamos parceiros que não têm condições de nos mostrar o caminho, não sabem, não conhecem o que é amar. Ignoram como é bom ter alguém por perto para compartilhar, ser e estar.

Então, afinal, como é isso? Como é viver uma relação onde cada um dá o seu melhor? O amor floresce. Cada um decide - no dia-a-dia - escolher a relação. Como é viver dessa forma? Dois inteiros, dois que querem e investem no relacionamento, trocam?

Tenho amigos e amigas que vivem em histórias absurdas - aquelas que nascem para não dar certo. E a questão é sempre a mesma: SORTE, AZAR OU ESCOLHA? O que será? Fácil falar que não damos sorte no amor quando trazemos para nossas vidas tudo o que não dá, tudo o que não funciona, tudo o que não é amor.

Qualquer coisa

Pode ser paixão, excitação, autopunição, desejo - não sei. Pode ser qualquer coisa. Mas não AMOR. Essas situações mantém-nos reféns, nos fazem infantis, desajustados. Essas escolhas nos tornam eternos infelizes, vítimas, nos colocam no chão - abaixo do asfalto, abaixo do aceitável...

O AMOR É INCONDICIONAL... Ah, essa coisa que muitos vivem por aí não, não é verdadeiramente amor... Pode ser controle, dependência, pode ser simplesmente escolha com base em crenças erradas... Aquelas mesmas que trazemos da infância e repetimos na vida adulta. Crenças como "só eu vou poder mudá-lo(a)", "ele(a) me ama, só não sabe", "está acontecendo algo - forças estranhas separam nosso amor", "ele(a) me quer - só não consegue aceitar", etc, etc.

O pior é achar que tudo isso É NORMAL. Saiba que NÃO É NORMAL. Normal deveria ser o bom. Viver uma relação sem o medo eminente da perda, sem dor, sem sofrimento, sem qualquer função que nos tira do nosso foco, nossos sonhos, nossos planos de crescimento e desenvolvimento humano.

Normalidade

Posso lhes afirmar NÃO É NORMAL viver querendo morrer... Relações com essa dinâmica viciam. São como um THRILLER - cheias de EMOÇÃO, DE ALTOS E BAIXOS, DE PAIXÃO, VIDA E MORTE. Atraem por ser SUPER, SOBRENATURAIS, ENIGMÁTICAS... Fazem-nos viver na ilusão fora da realidade, nos esquecer da verdade, do ser, do amor verdadeiro. Enganamo-nos...

E como vocês também devem conhecer ou viver histórias parecidas, essa semana, conversando com a amiga de uma amiga, um caso me trouxe à mente como num espelho uma questão que demonstra o quanto podemos nos tornar ridículos quando no deixamos envolver em relações doentes...

Ela estava envolvida com um rapaz mais jovem - desempregado, não havia estudado, ciumento, violento, envolvido com outras mulheres, sem escrúpulos, com valores distorcidos, sem qualquer possibilidade de acompanhá-la e ao seu filho... Enfim, um problema sem tamanho... O mais incrível era ouvi-la dizendo: "MAS EU O AMO!" E, o mais complexo, ter de dizer a ela: "ISSO NÃO É AMOR! É DOENÇA! Busque ajuda. Converse com pessoas que vivem relações saudáveis. Veja como vivem. O que esperam um do outro. Como é seu dia-a-dia. Nessas relações o que há é RESPEITO, HARMONIA, DEDICAÇÃO, RESPONSABILIDADE. Há um cuidar da relação que os mantém fortes, unidos, íntegros, saudáveis. Um conviver que faz bem. Não tem soluços, não têm idas e vindas, rompimentos e voltas..."

Não foi fácil, mas arrisquei e tentei convidá-la a refletir, pensar, compreender o que estava em jogo nessa teimosia. "AMOR", comentei com ela, "é diferente do que está vivendo! É tranquilo no que pode ser, quente no que deve ser..." É esse o amor que podemos escolher: sem sobressaltos, sem dor, sem tristeza, um amor leve, livre, solto, um amor que vem para ficar, para uma vida, para o tempo que durar...

Um amor que, sim, terá altos e baixos, conquistas e derrotas. Mas que se sobressai a todos os percalços que a vida um dia traz. Permanece...

Escolhas, sempre escolhas.

(Fonte: Yahoo Notícias)

O que você acha disso? Será que todo mundo viveu algum tipo de relacionamento assim? Como fazer para não cair nesta cilada? Talvez seguindo aquele princípio de se amar em primeiro lugar, para, então, saber amar o outro; cuidar de si mesmo, de suas coisas, buscar seus sonhos e estar atento a qualquer sinal de "doença", conversar muito, sempre e abertamente com o/a parceiro/a, buscando um "viver" mais leve e feliz.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Sobre o ócio criativo





"Aprenda a fazer pausas ... ou nada de valor te alcançará."
--Doug King

"O trabalho deveria existir em função de viver. Não vivemos para trabalhar. Esta mudança em nossa percepção é necessária."
--Matthew Fox

“A verdadeira finalidade de toda a vida humana é a diversão.”
--G.K. Chesterton

"A plenitude da atividade humana é alcançada somente quando nela coincidem, se acumulam, se exaltam e se mesclam o trabalho, o estudo e o jogo; isto é, quando nós trabalhamos, aprendemos e nos divertimos, tudo ao mesmo tempo. (...) É o que eu chamo de 'ócio criativo', uma situação que, segundo eu [penso], se tornará cada vez mais difundida no futuro."
--Domenico de Masi

Sobre a tal felicidade...


"Ninguém tem a felicidade garantida. A vida simplesmente dá, a cada pessoa, tempo e espaço. Depende de você enchê-los de alegria."
--S. Brown

"Quase sempre a maior ou menor felicidade depende do grau da decisão de ser feliz."
--Abraham Lincoln

"Felicidade repartida dura eternamente."
--M. Tanigushi

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."
--Carlos Drummond de Andrade

"Se as coisas em que acreditamos são diferentes das coisas que fazemos, não pode existir felicidade verdadeira."
--Dana Telford

"Se você não consegue ser feliz onde você está, é certo que você não conseguirá ser feliz onde você não está."
--Charlie Tremendous Jones

O que é felicidade pra você?

Sobre a calma e o domínio de si


"Para conservar a calma, é necessário possuir o hábito de não dramatizar nada e de, na expressão de Foch, "não levar ao trágico as coisas simples, nem simplificar as coisas trágicas".

http://lideranca.aaldeia.net/calma.htm

domingo, 3 de janeiro de 2010

Para tudo o que virá...


Um ano novo pela frente. Não sabemos o que está por vir. Temos apenas a possibilidade de fazer escolhas. Ao escolhermos uma opção, abrimos mão de outras tantas. A vida é feita de inúmeras escolhas.
Você pode escolher a ousadia de uma vida promissora em uma cidade grande e abrir mão da calmaria do interior.
Pode escolher viver no campo e, inevitavelmente, deixar de lado a vida na cidade grande.
Você escolhe tudo, de um simples corte de cabelo até decisões sérias, como casar, mudar de emprego, se separar, ter um filho, mudar de cidade. Escolhemos as atitudes que teremos diante de cada acontecimento da vida. Apesar da infinidade de opções que existe no mundo, é preciso ouvirmos muito bem o nosso coração, mas digo coração no sentido de nossa alma, daquilo que nos faz felizes, que nos realiza. Não adianta permanecer em uma situação, escolhendo um caminho se seu coração náo está ali.
Creio que aprendemos isso em alguns momentos de nossas vidas e não podemos deixar passar uma ou duas oportunidades.
Às vezes são momentos muito raros, mas nos mostram a possibilidade de seguir um rumo ou outro.
Enfim... em 2010 teremos que continuar fazendo escolhas. Passaremos por alegrias e dificuldades, esperando contarmos sempre com a ajuda lá de cima.
Vamos fazer a nossa parte sempre e confiar que o Plano Divino segue o seu rumo, que estamos no lugar certo, no momento certo.
É com essa energia que gostaria de iniciar 2010 e saudar a todos que visitam meu blog.
Em breve vou postar novas mensagens, algumas com temas diferentes. Por enquanto estou curtindo um descanso...hehe
Grande abraço!