terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A hora da virada


Já postei alguns artigos sobre escolhas, decisões e mudança.
Estou com vontade de falar um pouco sobre a "hora" da virada, pois me parece que existe um momento de "estalo interno", uma voz que nos desperta para a mudança. Esse momento acontece muito rapidamente e também me parece que se o perdemos, um pouco do pique e do entusiasmo se perde com ele.
Tenho ouvido histórias incríveis de pessoas que mudaram suas vidas em momentos onde nada se esperava. Histórias de superações através de limitações físicas, pela idade ou acontecimentos específicos que forçam a revisão de rotas e alteração de rumos pessoais e profissionais.
Penso no aspecto profissional e vejo que não há muito como escapar. Há pessoas que culpam o chefe ou a empresa por sua falta de perspectiva. Há outros que conseguem permanecer fazendo sempre a mesma coisa e vivem bem.
O fato é que tudo depende de suas perspectivas pessoais.
Por isso o auto-conhecimento é fundamental.
Há momentos em que nem a gente se conhece exatamente. Mas é preciso parar e olhar para o espelho de forma sincera e honesta: quem sou eu? O que eu busco? Quais são meus valores de vida? O que faço bem, ou seja, quais são meus verdadeiros talentos, a despeito do meu emprego atual?
Temos que olhar para a nossa vida sem circunscrevê-la a um emprego ou empresa, mas às atividades que nos "alimentam". Dizem por aí, e eu concordo com essa teoria, que sucesso depende, muito, do quanto estamos conectados com o que fazemos. Se colocamos paixão, amor, entusiasmo no trabalho, ele cresce. Isso mesmo, ele se multiplica, daqui ali encontramos novas pessoas, contatos e oportunidades. Mas isso só se faz com trabalho, trabalho, trabalho, como frizou muito bem Nizan Guanaes.
Não existe sucesso sem trabalho (ao menos estamos falando de um mundo mais próximo à nossa realidade, longe da política...).
Mesmo em momentos de dúvidas, devemos trabalhar e nos movimentar buscando sentido no que fazemos. Em algum momento descobriremos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre nosso trabalho e, assim, avançamos mais um pouco.
Antigamente eu acreditava, ingenuamente, em um momento mágico de despertar. Hoje sei que este momento se faz em meio às conturbadas questões do dia-a-dia, mas de qualquer forma, merece respeito e atenção.
Senão corremos o risco de passar a vida no conformismo. Se você não liga pra isso, ok, vá em frente... mas se é como eu, vai ter que aprender a escolher constamente entre o conforto e o risco, procurando o equilíbrio entre razão e emoção.
Boa semana...

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