sábado, 29 de maio de 2010

Diálogo


- Só sei que somos melhores juntos do que sozinhos.
- ...!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Gerações


Falando sobre conflitos de gerações, o médico inglês Ronald Gibson começou uma conferência citando quatro frases:

1. "A nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, despreza a autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Os nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem aos pais e são simplesmente maus."

2. "Não tenho mais nenhuma esperança no futuro do nosso país se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque esta juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente horrível."

3. "O nosso mundo atingiu o seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais os pais. O fim do mundo não pode estar muito longe."

4. "Esta juventude está estragada até ao fundo do coração. Os jovens são maus e preguiçosos. Eles nunca serão como a juventude de antigamente... A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura."

Após ter lido as quatro citações, ficou muito satisfeito com a aprovação que os espectadores davam às frases. Então, revelou a sua origem:
- a primeira é de Sócrates (470-399 a.C.)
- a segunda é de Hesíodo (720 a.C.)
- a terceira é de um sacerdote do ano 2000 a.C.
- a quarta estava escrita em um vaso de argila descoberto nas ruínas da Babilónia e tem mais de 4000 anos de existência.

(http://www.forumespirita.net/fe/espiritismo-jovens/conflito-de-geracoes/)


Eu lhe pergunto: houve alguma mudança para os tempos atuais?

Sou da Geração X (como caracterizam autores contemporâneos da área de Ciências Humanas), não me considero uma pessoa fora do tempo, pelo contrário! Mas infelizmente o que vejo por aí é o predomínio da falta de respeito nas escolas e empresas...
O conflito de gerações é inevitável, porém, a falta de educação e empatia impede a aproximação entre as pessoas.
Pensamentos moldam diferentes comportamentos e forçam as pessoas a aprenderem a arte da convivência respeitosa... resta-nos saber onde foi parar o respeito...

Arrogância (autor desconhecido)




Um jovem muito arrogante, que estava assistindo a um jogo de
futebol, tomou para si a responsabilidade de explicar a um senhor já
maduro, próximo dele, por que era impossível a alguém da velha geração
entender esta geração.

'Vocês cresceram em um mundo diferente, um mundo quase primitivo', o
estudante disse alto e claro de modo que todos em volta pudessem
ouvi-lo.

'Nós, os jovens de hoje, crescemos com televisão, aviões a jato,
viagens espaciais, homens caminhando na Lua, nossas espaçonaves tendo
visitado Marte. Nós temos energia nuclear, carros elétricos e a
hidrogênio, computadores com grande capacidade de processamento e ...,'
numa pausa para tomar outro gole de cerveja.


O senhor se aproveitou do intervalo do gole para interromper a
liturgia do estudante em sua ladainha e disse:

'Você está certo, filho. Nós não tivemos essas coisas quando nós
éramos jovens... por isso nós as inventamos. E você, um babaca
arrogante dos dias de hoje, o que você está fazendo para a próxima
geração?'

Foi aplaudido ruidosamente!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Companheirismo


Companheirismo não exige mas se mostra como é. As máscaras não existem, a verdade impera, o coração está perto do outro. As almas se encontram, se respeitam e se entendem. Respeitam a dignidade da outra pessoa. Respeitam quem ela é, pois se respeitam também. O companheiro está lá sem um motivo específico, simplesmente porque gosta de estar na companhia do outro. O companheiro divide momentos de alegria, humor, dor e desespero. Faz planos, sorri com o sorriso do outro, incluindo-o em sua vida. Companheiros no amor, companheiros na amizade, enfim, sentir e poder ser companheiro é maravilhoso!

O que a memória amou fica eterno!


Memória é a nossa máquina fotográfica interna, mas com recursos que nenhuma máquina de verdade tem: além das imagens, traz sons, cheiros, gostos e sensações.
O que a memória amou fica eterno - disse um professor de Biologia com quem aprendi muitas coisas.
Pura verdade.
O registro interno dos nossos momentos de vida são nossos e... eternos. Não há perigo de "deletarmos" ou perdermos as imagens, não há limites muito menos restrições. Estamos aqui e lá ao mesmo tempo. Eita coisa boa!!!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Feliz por nada - Martha Medeiros


Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.

Geralmente, quando uma pessoa exclama “Estou tão feliz!”, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.

Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.

Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.

Feliz por nada, nada mesmo?

Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza. “Faça isso, faça aquilo”. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?

Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.

Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.

Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?

A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.

Ser feliz por nada talvez seja isso.

Fonte: Jornal “Zero Hora” nº. 16323, 2/5/2010.

PS. A foto retrata a simplicidade da natureza em ser "ela mesma" e, por isso, feliz por nada (e por tudo).