domingo, 31 de maio de 2009

Um pouco de DISTRAÇÃO (Zélia Duncan)



Se você não se distrai, o amor não chega
A sua música não toca
O acaso vira espera e sufoca
A alegria vira ansiedade
E quebra o encanto doce
De te surpreender de verdade

Se você não se distrai, a estrela não cai
O elevador não chega
E as horas não passam
O dia não nasce, a lua não cresce
A paixão vira peste
O abraço, armadilha

Hoje eu vou brincar de ser criança
E nessa dança, quero encontrar você
Distraído, querido
Perdido em muitos sorrisos
Sem nenhuma razão de ser

Se você não se distrai,
Não descobre uma nova trilha
Não dá um passeio
Não rí de você mesmo
A vida fica mais dura
O tempo passa doendo
E qualquer trovão mete medo
Se você está sempre temendo
A fúria da tempestade

Hoje eu vou brincar de ser criança
E nessa dança, quero encontrar você
Distraído, querido
Perdido em muitos sorrisos
Sem nenhuma razão de ser

Olhando o céu, chutando lata
E assoviando Beatles na praça
Olhando o céu, chutando lata
Hoje eu quero encontrar você

Que venha o mês de JUNHO...


Canjicas, paçocas, fogueiras, bandeirinhas, tradições e reunião... JUNHO no Brasil é um mês carregado de crendices. Por ser um dos poucos meses de frio, sugere reunião entre amigos e família, um quentão pra mandar o frio embora, comilanças, crianças brincando, amores se esquentando perto ou longe da fogueira, tudo com um belo ritmo sertanejo! Quem não teve uma boa festa junina na vida? Ah, foram muitas, amigos, quadrilhas, correio elegante, promessas a São João, ainda que rapidamente os amores esfriassem e novos pretendentes surgissem...rs.
Essa é a magia do mês de JUNHO, promete muita diversão embalada a vinho, quentão e pança cheia!

Para pensar... Teatro Mágico:



"Os opostos se distraem... Os dispostos se atraem".

sábado, 30 de maio de 2009

Encruzilhada? Não fique nela por muito tempo!



Creio que há muitos momentos na vida em que nos deparamos com uma "encruzilhada" como esta: caminhos percorridos e outros a percorrer, novas escolhas se fazem necessárias diante dos desafios de viver. Parar neste ponto é uma oportunidade de reflexão sobre o que já fizemos e para onde desejamos ir. Mas permanecer neste lugar é, sem dúvida, uma angústia extrema. Viver é movimentar-se, buscar aprendizado, mudar, morrer para alguns valores idiotas, aquelas bobagens que nos ensinaram mas que não nos servem mais, abrir a mente e o coração para o NOVO, apreciar pequenas coisas da vida, valorizar o que percorremos mas não estacionarmos, jamais. A sensação do movimento é essencial para nos sentirmos vivos... Sair do MEDO que paralisa, atrever-se com alegria e entusiasmo, lutar sempre pela graça da descoberta! Tenho visto com uma incrível frequência que as pessoas que mantêm esse entusiasmo da decoberta são mais felizes, satisfeitas, alegres, saudáveis, bonitas, interessantes, vão mais longe na estrada da vida, não necessariamente em "anos" mas em "intensidade"... no real e mais belo sentido de "viver"... Então, vamos nessa?

Déjà vu


Do francês, "já visto" - a conhecida sensação de estarmos revivendo um acontecimento. Imagens, cenas, sons que nos trazem a nítida sensação de lembrança.
Uns dizem que o nosso cérebro registra a mesma experiência de forma duplicada e, assim, temos apenas a "impressão" de já termos visto aquela cena. Outros afirmam que são lembranças de vidas passadas. Há quem acredite que estamos pressentindo o futuro.
A mim, neste momento não importa saber a origem, mas curtir a incrível sensação que me proporciona... Desde muito pequena tenho repetidos episódios de déjà vu, em casa, na escola, na rua, em diversas situações. A sensação, felizmente, é sempre boa! Paz, amor, aconchego, completude... sempre que retorno sinto muita falta de permanecer ali... um lugar onde tudo está perfeito, a maravilhosa sensação de que a vida é plena e tudo está certo...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

O que isso tem a ver com o tema do blog?


A história abaixo é um insulto a todos os trabalhadores. Não pretendo discutir política, apenas promover uma reflexão sobre o poder da escolha, que tem a ver com comportamento, tema deste blog. Veja essa.

O zelador de um prédio em Natal/RN, pediu à administração do condomínio onde trabalhava que o demitissem. E disse porque:

Tem dois cunhados desempregados, lá mesmo em Natal, que, por conta da Bolsa Escola, Cartão cidadão, Cartão Alimentação, Vale Gás, Transporte Gratuito, Vale-Refeição (acreditem - Vale-refeição) e demais benefícios do nosso governo, dadas a título de esmola, vivem melhor que ele.

Aí paramos e fomos fazer umas continhas:

1. Bolsa escola - R$ 175,00 para cada filho que freqüente as aulas (suponhamos que sejam apenas dois) = R$ 350,00 (em dinheiro);

2. Cartão cidadão (cujo intuito é restituir a cidadania) =R$.350,00 (em dinheiro);

3. Vale gás (um por mês) = R$ 70,00;

4. Transporte ( calculamos 4 passagens diárias, que é uma boa média ) R$8,00 por dia x 20 dias = R$ 160,00;

5. Vale refeição ( um por dia ) R$ 3,50 por dia x 30 dias x 4 pessoas (ele a esposa e os dois filhos) = R$ 420,00;

Total em dinheiro - R$ 700,00
Total em serviços - R$ 650,00
Total mensal - R$ 1.350 ,00

Obs.1 : O salário do zelador acrescido de horas extras e tudo mais girava em torno de R$ 830,00 por mês.

Obs.2: Tudo isso é o estabelecido pela *LEI No 10.836, de 09 DE JANEIRO DE 2004*.

Se tiver alguma dúvida pode consultar:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.836.htm


Como o zelador tem três filhos em idade escolar, para ele é vantajoso ficar desempregado e ter esses benefícios. Seu 'salário desemprego' irá girar em torno de R$ 1.525,00, quase o dobro do que ganha trabalhando.

Como diria o Boris Casoy (expurgado da TV por se opor ao Lula): ISTO É UMA VERGONHA!

Sabe quem paga por isso?

'NÓS', os 'OTÁRIOS' que damos um duro danado e passamos restrições que só nós sabemos?

Distribuir renda é correto, mas isso é ESMOLA eleitoreira cuja finalidade é obter os votos do esmolante.

(Desconheço o autor, mas concordo com ele, seja lá quem for!!!!)

domingo, 24 de maio de 2009

Nós, as balzacas...


Após adotarmos a expressão "balzaquiana", uma forma um tanto pejorativa para caracterizar as mulheres que beiravam a casa dos trinta anos de idade, muita água já passou por baixo da ponte.

Muitas evoluções têm transformado a vida das grandes e pequenas cidades, do mercado de trabalho, da produção, da política, da informação, da medicina, do ensino, das relações sociais, da família e da mulher.

Não podemos mais viver voltadas apenas para as questões do casamento e situações circundantes, como na época descrita por Balzac, mas, de toda a sorte, são temas que podem preencher sonhos, expectativas e vidas.

Temos de enfrentar a competição do mercado de trabalho, podemos sair às ruas e abrir nossas vozes em defesa de nossos interesses, lutamos por espaço e, com muita dificuldade e sacrifícios pessoais, temos sido vitoriosas.

Hoje ocupamos postos em todas as instâncias: da estrutura do poder, da organização estatal, na esfera militar, nos bancos, na ciência, na esfera jurídica, nas religiões, nas artes, na literatura; também continuamos nas escolas, nos amores, na criação dos filhos e hoje podemos dizer: nos fazemos vivas. Nos fazemos visíveis, brilhamos nas canções, nas letras e na política, brilhamos nos meios de comunicação e ultrapassamos não só a idade dos trinta anos, como a conotação que se dava, então, às balzaquianas.

Somos mulheres feitas, mulheres que pensam, mulheres que lutam e mulheres que amam. Com a mesma intensidade com que defendemos um filho, bradamos uma bandeira. Com a mesma intensidade com que escrevemos um poema, ou um bilhete apaixonado, ouvimos o problema do nosso amigo. Com a mesma energia com que saímos todos os dias para o trabalho, queremos o final de semana mais fantástico junto à natureza, ouvindo uma cachoeira, olhando o verde ou curtindo a chuva.

(...)

As dores de amores indicadas por Balzac continuam aqui, as paixões, os sofrimentos e as dúvidas sobre nossas vidas, sobre o certo e o errado ainda nos corroem. Sofremos a culpa eterna na escolha do que pensamos ser o correto, quando ocasionalmente descobrimos que efetivamente não era a melhor escolha.

Carregamos o cansaço e a culpa da tripla jornada, e como nos questionamos! Sofremos por trabalhar fora e deixar nossos filhos e, quando ficamos com eles, por não estar no trabalho! Sofremos quando casadas e sofremos quando solteiras, mas também somos felizes, tanto casadas como quando estamos, ainda, por encontrar o amor (e sempre pensamos que será o ideal!).

Porém, hoje enfrentamos essas questões de forma diferente da Senhora D´Aglemont. Nós choramos, sim, mas no dia seguinte, a labuta nos espera, e lá vamos nós, nos distrair com o trabalho, pois o mundo não espera que nossa tristeza se dissipe para só então continuar sua corrida frenética.

(...)
Temos mais amigas, ampliamos nossa capacidade de sorrir, nos permitimos chorar, falar o que pensamos. E amamos os homens, a natureza e a vida. Compreendemos a importância do silêncio e da meditação e procuramos criar o tempo para aproveitar tudo isso!

Maria Margareth Garcia Vieira