quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Seja autêntico II

Oi, amigos!
Estou de volta pra falar um pouco do que sinto, penso e vejo!
Não haveria sentido em postar algo com o título "Seja autêntico" copiando um texto de outra pessoa, né, não?
Pois bem. Autenticidade. Ser você mesmo. Assumir-se. Hoje em dia, em que há espaço para tantos "jeitos de ser", roupas, cabelos, estilos, gostos, ideologias, etc. , podemos nos perguntar quando é que alguém não é autêntico?
Quando alguém pode ser tão pretensioso a ponto de condenar o gosto ou a opinião de outro? A falta de referências é, a meu ver, um grande perigo em questões "inquestionáveis", como um diagnóstico na saúde, a ética, os valores, por exemplo. Já em outras coisas, pode-se rever os conceitos e engolir o ímpeto de julgar os demais pelo nosso ponto-de-vista.
"Não julgue para não ser julgado". Frase sábia. Um soco no estômago quando você é a vítima, ou seja, o julgado. Mas como vencer o desejo de julgar, quando esta posição nos seduz com seu estranho conforto? Nesta posição, somos donos da verdade, sabemos regras, fórmulas e decisões. Estamos sempre ponderando e agindo em equilíbrio.
Trabalhando por anos com seleção de pessoas, penso o quanto é difícil se desligar dessa postura. Quando o seu trabalho diário envolve escolhas, quando se procura alguém com um conjunto de características pré-determinadas, estamos julgando. Por mais que se tente ser profissional, evitar exageros, a seleção é um processo de escolha que nem sempre é justo aos olhos de alguns. Mas existe e precisa ser feito de forma ética e respeitosa.
Talvez o olhar julgador comece "de nós, para nós". A voz interna que questiona e emite opiniões sobre atitudes é devastadora.
Ela (a voz interna) deveria ser sempre homeopática. O problema é que por vezes tomamos uma overdose dela.
Por isso, acho que antes de qualquer coisa, a questão mais simples é nos desapegarmos das frases feitas e do olhar que estranha o diferente. Especialmente em cidades do interior, essa postura é mais comum. Vizinhas cochichando sobre a vida alheia, colegas de trabalho tecendo comentários maldosos uns sobre os outros, e por aí vai.
Para ser autêntico, creio, é preciso olhar para si com aceitação e conseguir refletir isso nas demais relações com as pessoas - este pode ser um passo para uma vida mais simples, real e verdadeira.

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