sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O que se leva da vida...


... é a vida que se leva!
(Túlio Dek)

Se você quer abraçar o mundo, tem que aguentar as consequências. Excesso de atividades, atribulações, ritmo alucinado de vida ... como diria o Domenico De Masi, saber cultivar o "ócio criativo" é essencial.

Há dias em que o corpo implora um pouco de paz, um pouco de tempo, um pouco de descanso pra se refazer... temos que aprender a ouví-lo.

domingo, 4 de outubro de 2009

Do bom e do melhor - Leila Ferreira

Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.
Bom não basta.
O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".
Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante.
Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.
Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.
Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.
Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência?
Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?
O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"?
Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.
A casa que é pequena, mas nos acolhe.
O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo.
O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.
O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "MELHOR" a gente nem percebeu?



Leila Ferreira é uma jornalista mineira com mestrado em Letras e doutorado em Comunicação que, apesar de doutorada em Londres, optou por viver uma vidinha mais simples em Belzonte...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Marcha mundial pela paz e a não-violência


Em 2 de outubro comemora-se o Dia internacional da Não-Violência, em homenagem ao nascimento de Mahatma (grande alma) Gandhi. Em São Paulo, os alpinistas Bruno Sellmer e Fábio Cascino, com os filhos de 8 e 11 anos, irão escalar a faixada do Shopping Light, para colocar uma faixa de 30 metros que dá início à Marcha Mundial pela Paz, pontualmente ao meio-dia. No final do desenrolar da faixa, haverá uma revoada de 10.000 balões brancos, que sairão de "dentro" da mesma.

A Marcha Mundial pela Paz e pela Não-violência é iniciativa internacional da ONG Mundo Sem Guerras apoiada por centenas de organizações e personalidades no mundo todo. Uma equipe internacional com integrantes de diversas nacionalidades realizará um percurso por 90 países, percorrendo 160 mil km em 3 meses, da Nova Zelândia até os pés do Aconcágua, na Argentina. A marcha vai até 02 de janeiro de 2010 e chegará no Brasil dia 16 de dezembro. Por onde passar, a equipe vai pedir pelo fim dos arsenais nucleares e retirada imediata de tropas dos países invadidos, além de pressionar pela redução progressiva de todos os tipos de armas e formas de violência.

VAMOS FAZER A NOSSA PARTE! Criar um lar de harmonia, relacionamentos de amor, comunicações pacíficas, procurando empatia, solução e união. Estas são atitudes que todos nós podemos ter ao nosso redor...